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- Moura Dubeux Engenharia (MDNE3) recebeu o rating brAA- da S&P Global
- Agência de risco espera que incorporadora continue apresentando um forte crescimento de receitas neste ano
- S&P cita diferencial do mix de projetos da Moura Dubeux, que é composto por incorporação e condomínio
A Moura Dubeux Engenharia (MDNE3) recebeu o rating brAA- da S&P Global. Com perspectiva estável, a agência de classificação de risco destaca que a incorporadora apresenta um dos maiores níveis de margem bruta e menor endividamento em relação a seus pares.
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Em relatório de ação de rating, a S&P frisa que, em razão do histórico de lançamentos e vendas crescentes — sobretudo depois da Oferta Inicial de Ações (IPO, na sigla em inglês) ocorrido em 2020 —, ela espera que a Moura Dubeux continue apresentando um forte crescimento de receitas neste ano. “A empresa tem uma posição de liderança na região Nordeste e reportou lançamentos totais de R$ 1,6 bilhão em Valor Geral de Vendas (VGV) líquido e receita líquida de R$ 1,15 bilhão em 2023, um crescimento de 44% ante ao ano anterior”, diz o relatório.
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Para 2024, a agência projeta que a Moura Dubeux reporte uma margem bruta de aproximadamente 37%, similar ao ano anterior. Já o índice de alavancagem previsto, medido pela geração interna de caixa (FFO, na sigla em inglês) sobre dívida bruta ajustada, está em 24% (era 27% de 2023). “A empresa se diferencia de seus principais pares avaliados por operar em um segmento de negócios de administração de obras, denominados condomínios, além da incorporação tradicional, com foco nos segmentos de médio e alto padrão”, escreve Valéria Márquez, analista da S&P Global.
Pontos de atenção da Moura Dubeux
Apesar da boa perspectiva com a Moura Dubeux, a agência destaca que a incorporadora tem uma escala limitada em comparação com pares de presença nacional. Isso porque a sua atuação é exclusiva no Nordeste brasileiro, que tem uma menor demanda em relação a regiões como o Sudeste — que é onde seus pares atuam com maior foco.
A S&P Global traz como ponto compensatório as características do mix de projetos da companhia, composto por incorporação e condomínio, gerando um relativo “descasamento de caixa operacional”. Ainda, é esperado que a Moura Dubeux tenha uma queima neste ano. “Dada a concentração de projetos de incorporação na fase de construção e maior proporção de entregas de condomínios, que não geram caixa expressivo na etapa final”, aponta o relatório.
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Ainda em relação a 2024, a agência projeta um caixa operacional negativo em cerca de R$ 84 milhões, mas que deve retornar a patamares positivos a partir de 2025. “À medida que a empresa concentra novos lançamentos em condomínios e entrega projetos de incorporação lançados em períodos anteriores.”