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Agência de classificação de risco revisa perspectiva da JBS (JBSS3); entenda os motivos

A S&P observou que os riscos operacionais continuam altos e sujeitos a condições de mercado

Agência de classificação de risco revisa perspectiva da JBS (JBSS3); entenda os motivos
(Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)

A S&P Global Ratings reafirmou o rating ‘BBB-‘ da JBS (JBSS3), mas revisou a perspectiva de estável para negativa. Segundo a agência de classificação de risco, há uma probabilidade de 33% de que o rating da companhia seja rebaixado nos próximos 12 a 24 meses caso as principais métricas de crédito não retornem aos níveis esperados para o rating atual, com a relação dívida total/Ebitda abaixo de 4x nos próximos dois anos.

A S&P observou que os riscos operacionais continuam altos e sujeitos a condições de mercado, e poderiam fazer com que a companhia saísse da trajetória de redução da alavancagem. “A JBS foi atingida por obstáculos do setor, e revisamos para baixo as margens já fracas que esperávamos para este ano”, disse a agência em relatório, acrescentando que fatores como demanda reduzida no Brasil, altos custos de insumos e fracos preços de exportação devem pressionar as métricas de crédito em 2023 e 2024.

Na quarta-feira (12), a JBS anunciou que vai propor aos seus acionistas a dupla listagem das ações da companhia, em Nova York (Nyse) e na B3. Caso ocorra, a dupla listagem poderá dar à JBS flexibilidade financeira para captar recursos sem que a J&F perca o controle, o que poderia ajudar a JBS a reduzir a alavancagem, disse a S&P.

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No entanto, o plano de realizar pagamento de um dividendo extraordinário de R$ 2,2 bilhões é negativo para a qualidade de crédito, segundo a agência. Embora o valor em si não seja o principal fator para o enfraquecimento das métricas de crédito, “indica uma decisão negativa de política financeira e aumenta a incerteza sobre o comprometimento da companhia em sustentar a alavancagem líquida abaixo de 3x”.

Com esses fatores, a relação dívida/Ebitda deve superar 5x até o fim do ano, provavelmente atingindo um pico de 6x no segundo e no terceiro trimestre, caindo para cerca de 4x em 2024 e retornando para cerca de 3x apenas em 2025, segundo a S&P.

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