O Agibank tem sido o agente mais ativo na oferta do novo crédito consignado privado, e a Caixa Econômica Federal, o único grande banco a fazer ofertas. As conclusões foram feitas pelo JPMorgan, que fez testes na plataforma de oferta do novo produto e relatou os resultados em texto enviado a clientes.
Os analistas do banco acessaram a plataforma da Carteira de Trabalho Digital, onde a oferta tem sido feita desde a última sexta-feira (21) e testaram tanto as funcionalidades quanto o oferecimento de propostas pelas instituições a partir dos próprios dados de contrato de trabalho.
“O Agibank foi o agente mais ativo, e apenas a Caixa esteve presente entre os incumbentes – também não recebemos propostas do Inter (INBR32) ou do Nubank (ROXO34), o que foi uma surpresa negativa, especialmente considerando que dois de nós tínhamos empréstimos pessoais ativos no Nubank”, relata a equipe, liderada pelo analista Yuri Fernandes.
De acordo com eles, as taxas oferecidas nas propostas variaram de 2,99% ao mês a 4,99%, o que chega a 40% a 80% ao ano, menos que os cerca de 100% do crédito pessoal, mas acima dos cerca de 40% do consignado privado antigo, que operava através de um outro modelo.
Ao todo, seis profissionais do banco testaram a oferta. Quatro deles receberam propostas apenas do Agibank, com diferentes condições de taxa. Dois receberam propostas do Agibank e da Parati Financeira, um do Agibank e da Caixa, e outro, dos três agentes financeiros.
Os profissionais do JPMorgan também trazem outras conclusões. De acordo com eles, o tempo para o envio das propostas foi longo, de cerca de 12 horas, e era possível contrair créditos em valores acima dos que já possuíam em dívida. Além disso, a margem consignável parece ter sido calculada sobre o salário bruto, e não sobre o salário líquido.