A Ágora Investimentos e o Bradesco BBI já previam os resultados trimestrais considerados “fracos” divulgados semana passada pela Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) e esperam que a dinâmica de lucros permaneça “muito desafiadora”. Assim, mantêm visão cautelosa para a empresa e preferem ficar de fora dos papéis, para os quais seguem com recomendação Neutra e preço-alvo de R$ 14 – o que representa potencial de alta de 90,48% em relação ao fechamento de quarta-feira (15).
“Nossa tese cautelosa, e fora de consenso sobre o CBA, está funcionando e, na verdade, acelerou esta semana após resultados fracos no quarto trimestre e perspectivas pouco animadoras para os próximos trimestres. Dito isto, mesmo após o recente recuo de 25%, achamos que ainda não é hora de voltar às ações”, descrevem os analistas Thiago Lofiego, do BBI, e Renato Chanes, da Ágora, em relatório divulgado na quinta-feira (16).
Embora os analistas afirmem observar espaço para alguma recuperação nos preços do alumínio à medida que a China reabre sua economia, eles também esperam que o aumento da oferta chinesa “dificulte uma recuperação mais significativa dos preços” do metal.
“Além disso, estamos preocupados com o desempenho de custos da empresa nos próximos trimestres, que, na ausência de uma alta no preço do alumínio, pode trazer riscos de queda para as estimativas de EBITDA para o ano. Por fim, a geração de caixa continuará a ser espremida, a menos que a empresa adie projetos (o que pode ter implicações negativas, especialmente projetos maiores, como o reinício da sala de cubas)”, avaliam Lofiego e Chanes.