

O novo ajuste no preço do diesel anunciado pela Petrobras (PETR4) na quinta-feira (17) e que entrou em vigor no dia seguinte, é considerado positivo para a empresa, na visão do Santander (SANB11), por reforçar sua estratégia comercial e o pragmatismo de sua política de precificação de combustíveis. Com isso, a margem de refino do diesel supera a média histórica, conforme destaca o banco em relatório.
A redução nos preços do diesel foi de R$ 0,12 litro (-3,4%), enquanto os preços da gasolina permanecem inalterados. Com isso, o diesel passa a ser precificado a cerca de R$ 3,44 o litro e a gasolina a R$ 3,04 o litro.
Os analistas Rodrigo Almeida e Eduardo Muniz estimam que a Petrobras venderá diesel com um desconto de cerca de 4% (ante desconto de 0,6% antes do ajuste) em relação ao preço de paridade de importação (PPI), enquanto a gasolina será vendida com um desconto de cerca de 6%.
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Eles destacam que a margem de diesel da Petrobras permanece robusta, e supera o spread atual no Golfo do México. “Especificamente, estimamos a margem de diesel da Petrobras em US$ 26 por barril, abaixo dos US$ 30 por barril antes do ajuste, mas ainda acima de sua média de 12 anos, de US$ 22 por barril e o spread atual do Golfo do México em US$ 22 por barril”, escrevem em relatório.
Já para a gasolina, o banco estima a margem em US$ 16 por barril, comparada à média histórica de 12 anos, em US$ 10 por barril.
O Santander reitera a Petrobras como top pick na cobertura de óleo e gás na América Latina, além de destacar expectativa de resultados sequencialmente melhores no primeiro trimestre de 2025, dado o aumento da produção, preços estáveis do Brent, melhores margens de refino e menores despesas de capital sazonais.
Nesse sentido, a recomendação é outperform (equivalente à compra), com preço-alvo para as ações ordinárias da companhia em R$ 51, o que representa potencial valorização de 53,75% frente ao último fechamento (R$ 33,17).
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