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Dólar: moeda americana sobe com ataques a Brasília pressionando o real

Às 12h, dólar era cotado a R$ 5,308, com uma valorização de 1,36% frente ao real

Dólar: moeda americana sobe com ataques a Brasília pressionando o real
Dólar bateu os R$ 5,30 nesta segunda-feira (9). Foto: Envato Elements
  • A invasão ao palácio presidencial, Congresso e Supremo Tribunal Federal (STF) por manifestantes bolsonaristas no domingo (8) é a principal pauta do dia no mercado
  • Enquanto o Ibovespa opera com instabilidade, sustentado de certa forma pelo bom humor nas bolsas internacionais, a cotação do dólar não escapou da repercussão dos atos golpistas
  • Às 12h, dólar era cotado a R$ 5,308, com uma valorização de 1,36% frente ao real

A invasão ao palácio presidencial, Congresso e Supremo Tribunal Federal (STF) por manifestantes bolsonaristas no domingo (8) é a principal pauta do dia no mercado. Enquanto o Ibovespa opera com instabilidade, sustentado de certa forma pelo bom humor nas bolsas internacionais, a cotação do dólar não escapou da repercussão dos atos golpistas.

Aqui, mostramos a visão do mercado financeiro dos ataques bolsonaristas aos Três Poderes.

Às 12h, o dólar era cotado a R$ 5,308, com uma valorização de 1,36% frente ao real. O Ibov, por sua vez, operava com queda menor, de 0,5%, aos 108.418,78 pontos.

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Segundo especialistas, o movimento bolsonarista é o principal fator pressionando o câmbio da moeda americana no dia. Os ataques anti-democráticos em Brasília podem inclusive reverter o otimismo de investidores estrangeiros com a alocação em Brasil, diz o banco suíço Julius Baer.

“Em um dia de alta nas commodities, embaladas pela reabertura chinesa, e de queda global do dólar com os investidores precificando a proximidade do fim de alta de juros pelo Fed, o descolamento do Real indica uma indigestão dos investidores com o evento de ontem”, destaca Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos.

Na visão do economista, o dólar deve ser o melhor termômetro para medir a piora no sentimento de risco por conta dos eventos políticos, mas não deve subir muito além do já visto nesta manhã. “O preço atual já reflete uma piora na percepção de risco local”.

Marcos Almeida, diretor da WIT Exchange, destaca ainda que o movimento acontece após sequências de quedas expressivas na última semana, período em que o dólar sofreu bastante volatilidade, mas acabou encerrando a sexta-feira (6) aos R$ 5,23. “Os desgastes dessa manhã fazem parte da reação aos atos que ocorreram no domingo em Brasília. A semana será turbulenta, podendo se estender ao longo do mês”, diz.

Essa também é a visão de Anilson Moretti, sócio da HCI Invest. “Esperamos que a moeda americana suba um pouco mais, faça a correção de três dias anteriores visto na semana passada. Essa semana o Powell vai falar, na quinta-feira ainda sai o CPI. Não vemos mais o dólar abaixo dos R$ 5,25”.

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