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Americanas (AMER3) decide cortar laços com a PwC e anuncia nova parceria

A decisão da Americanas (AMER3) aconteceu após crise e indícios de fraude, relembre quem é a PwC

Americanas (AMER3) decide cortar laços com a PwC e anuncia nova parceria
Loja da Americanas: investidores ficam no fim da fila para receber créditos devidos. Foto: São Luís Shopping

A Americanas (AMER3) trocou a empresa que audita seus balanços contábeis. Agora, a auditoria que ficava ao encargo da PwC será feita pela BDO RCS Auditores Independentes.

A companhia e seu Conselho de Administração decidiram pela rescisão do contrato com a PwC e imediata contratação da BDO, que ficará responsável pelos balanços contábeis de 2022 e também por refazer os balanços referentes ao ano de 2021, após escândalo de fraude.

A informação foi dada em comunicado pela própria empresa nesta quarta-feira (28), que informou que a troca foi “necessária em função do episódio de fraude comunicado pela Companhia em Fatos Relevantes de 13 e 14 de junho de 2023, bem como a revisão das demonstrações financeiras do exercício social iniciado em janeiro de 2023”.

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“A Americanas não faz qualquer julgamento acerca da natureza ou extensão da participação das empresas de auditoria no episódio. Entretanto, um maior aprofundamento nos trabalhos de apurações seria necessário para, desde já, assegurar a independência da PwC para seguir com os trabalhos de auditoria das demonstrações financeiras da Companhia”, diz ainda o fato relevante da Americanas.

“Dessa forma, devido à necessidade de apresentar demonstrações financeiras auditadas o mais brevemente possível, a Companhia e seu Conselho de Administração decidiram pela rescisão do contrato com a PwC e imediata contratação da BDO”, completa.

As ações da Americanas fecharam na última terça-feira (27), em baixa de 1,74%, a R$1,13, e, até o momento, nesta quarta-feira (28), se mantiveram estáveis, sem apresentar nenhuma reação à notícia.

Quem é a PwC?

Desde que o polêmico rombo de R$ 20 bilhões da Americanas veio à tona, no início deste ano, dúvidas foram levantadas entre os investidores quanto ao trabalho realizado pela auditoria financeira da empresa, a cargo da PwC, uma das maiores multinacionais de consultoria e auditoria do mundo, que acaba de perder seu lugar na varejista.

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A empresa, que antigamente era conhecida como PricewaterhouseCoopers, está há mais de 100 anos no Brasil e emprega 4 mil profissionais. A nova nomenclatura se deu em 1998 após fusão das empresas Price Waterhouse e Coopers & Lybrand, que foram fundadas em 1849 e 1865, respectivamente.

A PwC faz parte do grupo apelidado de “big four” (4 grandes, em tradução livre) de empresas de consultoria e auditoria. Ela presta serviços de auditoria, consultoria tributária, consultoria em gestão de riscos empresariais, corporate finance e consultoria empresarial.

A companhia é auditora independente na Americanas desde outubro de 2019, quando a KPMG deixou de assinar os balanços da varejista, e aprovou as demonstrações financeiras sem ressalvas na última auditoria de 2021, período alvo das “inconsistências contábeis” reveladas.

“Em nossa opinião, as demonstrações contábeis apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Americanas S.A. e da Americanas S.A. e suas controladas em 31 de dezembro de 2021, o desempenho de suas operações e os seus respectivos fluxos de caixa consolidados”, afirmou a PwC no relatório de 24 de fevereiro de 2022. Procurada, a PwC afirmou não comentar casos de clientes.

IRB Brasil

Esse não é o primeiro conflito envolvendo a PwC. Em 2020, a gestora Squadra questionou a transparência da resseguradora IRB Brasil (IRBR3), que também era auditada pela PwC.

Desde fevereiro de 2020, quando a empresa foi envolvida em um escândalo de gestão que inflava os números dos seus resultados para aumentar os bônus dos gestores, as ações da IRB derreteram mais de 93% na B3. As ações da empresa já foram negociadas acima de R$ 40 antes das cartas da gestora Squadra, mas em seu último pregão na Bolsa, ontem, elas chegaram a valer R$ 0,89.

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Após consecutivas quedas nas ações da IRB, a companhia foi excluída da B3 por ter se tornado uma “penny stock”, alcunha dada a empresas cujos papéis são negociados por menos de R$ 1.

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