Como a Ativa vê a licença da Petrobras (PETR3; PETR4) para explorar a Margem Equatorial
Para a corretora, aval do Ibama é um avanço relevante que reduz incertezas regulatórias e abre uma nova frente estratégica de longo prazo para a estatal
A Ativa Investimentos avalia que a licença do Ibama para a Petrobras (PETR3; PETR4) explorar a Margem Equatorial representa avanço regulatório e amplia o potencial de longo prazo da estatal, ainda que o impacto nas ações seja limitado. (Foto: Pedro Kirilos/Estadão)
Às 13h50, as ações da Petrobras operavam em leve alta: PETR3 avançava 0,09%, a R$ 31,67, enquanto PETR4 subia 0,50%, a R$ 29,88. O Ibovespa também mantinha desempenho positivo, em alta de 1,22%, aos 145.146 pontos, acompanhando o otimismo dos mercados internacionais.
Segundo a corretora, a autorização marca o início de uma nova fase de exploração em uma das últimas fronteiras geológicas inexploradas do país, reforçando a tese de longo prazo para as ações preferenciais da petrolífera.
“Embora o evento ainda não implique mudanças de curto prazo em produção ou fluxo de caixa, é positivo para a tese de PETR4, pois marca o início de uma nova fase de exploração em uma das últimas fronteiras geológicas inexploradas do País”, disse a Ativa em nota, ressaltando que as reservas provadas da companhia atualmente têm horizonte estimado de cerca de dez anos, tornando a abertura dessa nova frente estratégica para o longo prazo.
A corretora ponderou, porém, que o impacto imediato sobre o valuation da Petrobras é limitado, já que o projeto ainda se encontra em estágio inicial. Mesmo assim, avalia que o movimento amplia o potencial exploratório futuro e reforça o posicionamento da estatal em uma região com geologia semelhante à da Guiana, onde recentes descobertas impulsionaram a produção local e o interesse internacional.
A licença do Ibama autoriza a perfuração do poço exploratório Morpho, localizado na bacia da Foz do Amazonas, parte da Margem Equatorial brasileira. A Petrobras informou que a sonda ODN II já está na locação e a perfuração começará imediatamente.
Na semana passada, a Broadcast havia antecipado que o órgão ambiental daria o aval à estatal até esta segunda-feira (20).
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“Por meio desta pesquisa exploratória, a companhia busca obter mais informações geológicas e avaliar se há petróleo e gás na área em escala econômica. Não há produção de petróleo nessa fase”, afirmou a Petrobras.
A presidente da estatal, Magda Chambriard, classificou a conclusão do processo como “uma conquista da sociedade brasileira” e disse que a licença reflete o compromisso das instituições nacionais com o diálogo e o desenvolvimento de projetos estratégicos.
“Vamos operar na Margem Equatorial com segurança, responsabilidade e qualidade técnica. Esperamos obter excelentes resultados nessa pesquisa e comprovar a existência de petróleo na porção brasileira dessa nova fronteira energética mundial”, afirmou a executiva.
Após quase cinco anos de espera, a Petrobras (PETR3; PETR4) destaca que o processo envolveu governos e órgãos ambientais em diversas esferas, e que a estrutura de proteção ambiental foi reforçada para a perfuração em águas profundas no litoral do Amapá.