Para o Citi, entre as modificações nos impostos para o setor financeiro propostas pelo governo como alternativa ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o aumento nos valores da Contribuição Social Sobre Lucro Líquido (CSLL) é a mais importante e impacta diretamente na rentabilidade das instituições do segmento.
Em relatório, os analistas Gustavo Schroden, Arnon Shirazi e Brian Flores destacam que a criação de tributação sobre instrumentos anteriormente isentos, como a LCI e LCA, pode diminuir a atratividade deles, com parte desse dinheiro fluindo para produtos mais complexos (fundos estruturados multiativos e ações) que têm custo mais alto, o que pode ser marginalmente positivo para a XP, ponderam.
Além disso, o banco diz enxergar três impactos potenciais para o setor financeiro: pressão marginal sobre os lucros de alguma forma compensada pelo uso de DTAs (ativos fiscais diferidos); menor crescimento do crédito e spreads mais altos; e deterioração do sentimento do mercado.
“Em termos de impacto, os DTAs líquidos dos bancos no Brasil representam, em média, 32% do patrimônio líquido, o que deve ajudar a compensar o impacto em 2025, embora consideremos que os bancos possam pagar alíquotas efetivas de imposto ligeiramente mais altas”, escreve a equipe. Eles enfatizam que as fintechs Nubank (ROXO34) e Inter (INBR32) já pagam 15% de CSLL, o que representa um impacto moderado da redução da alíquota de 9% para alguns níveis de receita.