A Auren Energia (AURE3)registrou prejuízo líquido de R$ 562,9 milhões no segundo trimestre de 2025. A perda é 32 vezes maior que os R$ 17,6 milhões negativos de igual etapa do ano passado, considerando dados pró-forma, que levam em conta as operações combinadas com a AES Brasil (AESB3), cuja aquisição foi concluída no fim de outubro do ano passado.
No acumulado da primeira metade do ano, a geradora de energia passou a registrar prejuízo de R$ 508,9 milhões, ante lucro de R$ 133,7 milhões de igual etapa de 2024.
A piora no resultado líquido reflete o aumento de 64,2% no resultado financeiro líquido, que alcançou R$ 644,5 milhões no segundo trimestre, em decorrência de um aumento de 44% nas despesas financeiras.
Também pesou o aumento de 36,2% na depreciação e amortização, para R$ 521,7 milhões, em decorrência de “mais-valias originadas nas aquisições da AES Brasil e da Esfera”, bem como do aumento da depreciação devido ao início da operação dos complexos eólicos de Cajuína e Tucano e do complexo solar de Jaíba ao longo de 2024.
O prejuízo só não foi maior por conta de crédito de R$ 71,7 milhões na linha de Imposto de Renda e Contribuição Social, gerado pelo prejuízo fiscal apurado em sociedades sem a constituição de imposto diferido ativo.
O lucro líquido antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) recuou 32,4%, para R$ 517 milhões, pressionado, sobretudo, pelo aumento do custo com compra de energia em função do maior volume de compra, a preços mais elevados. Adicionalmente, também pesaram o efeito da marcação a mercado dos contratos futuros de energia e o impacto negativo, na comparação anual, da reversão de provisão de litígios registrada no segundo trimestre do ano passado.
Pelo critério ajustado, o Ebitda alcançou os R$ 980,6 milhões no segundo trimestre, alta de 18,1% na comparação anual. Com isso, no primeiro semestre a linha avançou 40,3% e totalizou R$ 2,18 bilhões, o que, segundo a companhia, corresponde ao maior Ebitda ajustado semestral de sua história.
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A empresa destacou em seu release de resultados os ganhos com a captura de sinergias proveniente da incorporação da AES Brasil na linha de custos com Pessoas, Materiais, Serviços e Outros) (PMSO), que atingiu R$ 54,5 milhões no segundo trimestre.
A receita líquida da Auren cresceu 25% no período abril a junho, ante iguais meses de 2024, e chegou a R$ 2,952 bilhões, beneficiado pelo aumento da energia vendida pelos ativos que entraram em operação ao longo do ano passado e pela melhora da disponibilidade dos ativos.
A geração de energia da Auren somou 3,2 GW médios no segundo trimestre de 2025, alta de 15,3% em relação ao segundo trimestre do ano passado.
A Auren Energia (AURE3) informou ter alcançado uma alavancagem de 4,8 vezes dívida líquida/Ebitda ajustado, 0,2 vez abaixo do indicado no primeiro trimestre e 0,9 vez menor desde a combinação de negócios com a AES Brasil.