Azul enfrenta recuperação judicial nos EUA (Foto: Adobe Stock)
O Chapter 11, equivalente à recuperação judicial nos Estados Unidos, não era uma obrigação para a Azul (AZUL4), segundo o CEO da companhia, John Rodgerson. Mas a expectativa do executivo é que o processo deixe a empresa “mais leve”, ajudando a reduzir as dívidas e “limpar” o balanço.
Em um vídeo gravado a funcionários da Azul, Rodgerson citou os desafios enfrentados pela companhia nos últimos anos. “Estamos lutando desde 2020 entra o peso dos juros altos e dívidas no balanço”, disse. Nesse sentido, destacou que hoje a Azul paga 10 vezes mais juros do que pagava em 2019, enquanto o real se desvalorizou cerca de 50% ante o dólar.
Diante desse cenário, o CEO da aérea avalia que não era sustentável que a Azul seguisse assim e que o plano é uma forma de formalizar os acordos feitos com stakeholders. “Sairemos com a United e American Airlines como parceiros”, ressaltou, citando também o acordo com a AerCap, maior arrendadora de aeronaves da Azul.
Rodgerson lembrou que outras aéreas já passaram pelo Chapter 11. No entanto, disse que o caso da Azul é diferente, porque a empresa está entrando no processo “já com a saída em mente”, fazendo referência aos financiamentos alinhados com os parceiros.
O executivo afirmou ainda que apesar do plano de recuperação prever mudanças, não deve alterar o cotidiano da empresa. “Seguiremos recebendo aeronaves e a Azul vai continuar crescendo”. O remanejamento de aviões também foi mencionado por Rodgerson. “Aeronaves mais antigas, muitas que já estão paradas, sairão da nossa frota”, informou.