Azul enfrenta recuperação judicial nos EUA (Foto: Adobe Stock)
A S&P Global Ratings rebaixou os ratings de crédito de emissor na escala global e na escala nacional da Azul (AZUL4) de CCC- e brCCC-, respectivamente, para D, além do rating de emissão das notas seniores sem garantia da empresa com vencimento em 2026 de CC para D, e retirou o rating de recuperação “6” desta dívida.
Segundo a agência de classificação de risco, o rebaixamento da Azul segue o comunicado de pedido de proteção da companhia aérea nos termos do Chapter 11 (recuperação judicial), nos Estados Unidos. “O anúncio foi feito após a Azul registrar uma considerável queima de caixa durante o primeiro trimestre de 2025”, diz a S&P.
Apesar do sólido desempenho operacional, a agência destaca que a empresa ainda “enfrenta um pesado endividamento“, enquanto os pagamentos de arrendamento muito altos, as despesas financeiras, os investimentos (capex) e as saídas de capital de giro continuarão pressionando o fluxo de caixa.
A S&P ressalta ainda que a Azul entrou com o pedido de recuperação judicial com apoio de seus credores. “A companhia já havia garantido o apoio financeiro de seus principais stakeholders, incluindo detentores de títulos, sua maior arrendadora (AerCap), e a American Airlines e a United Airlines”, conclui a agência.
A Fitch, pelos menos motivos, também rebaixou hoje os IDRs (Ratings de Inadimplência do Emissor) de longo prazo em Moedas Estrangeira e Local da Azul para D, de CCC-, e seu Rating Nacional de Longo Prazo para D(bra), de CCC-(bra) da Azul, assim como as notas seniores garantidas da Azul Secured Finance LLP para C, com um Rating de Recuperação de RR4, de CCC-/RR4, e as notas sem garantia da Azul Investments LLP afirmadas em C/RR6.
Azul reage
Por meio de fato relevante divulgado na quarta-feira (28), a Azul (AZUL4) comenta as atualizações dos ratings. A empresa reforça seu compromisso com o cumprimento das regras de divulgação de informações periódicas, eventuais e outras de interesse do mercado aplicáveis às companhias abertas, garantindo a sua ampla e imediata disseminação e tratamento igualitário a todos, “de forma a evitar qualquer tipo de assimetria de informação que possa prejudicar seus investidores”.