
15/04/2025 | 10:25 Atualização: 15/04/2025 | 13:20

A B3 registrou volume financeiro médio diário de R$ 25,147 bilhões em março deste ano, alta de 2,4% na comparação com o mesmo mês de 2024. Em relação a fevereiro, o resultado foi 2,2% menor, segundo dados operacionais divulgados na segunda-feira (14) pela empresa.
Os maiores volumes vieram do mercado à vista de ações, com R$ 24,137 bilhões na média diária, o que significa alta anual de 1,9% e queda mensal de 2,9%. O giro de mercado em março ficou em 146,6%, ante 134,8% em março de 2024 e 136,8% em fevereiro deste ano. Veja todos os destalhes do desempenho da B3 nesta matéria.
Como o mercado reage aos dados da B3?
Safra
Os dados operacionais da B3 referentes ao mês de março mostraram tendências relativamente estáveis em todos os segmentos de mercado, segundo avaliação do Safra.
O banco destaca que o segmento Ficc, que refere-se ao mercado de derivativos de juros, moedas e commodities, se destacou como o principal impulsionador do crescimento, enquanto as ações mantiveram um desempenho morno, embora estável.
“Como resultado, não prevemos surpresas no desempenho da receita trimestral em comparação com nossas estimativas”, afirmam os analistas Daniel Vaz, Maria Luísa Guedes e Rafael Nobre, em relatório.
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Utilizando os números divulgados até o momento (janeiro, fevereiro e março), os analistas projetam uma receita líquida de R$ 2,6 bilhões (excluindo a atividade de hedge da B3 e os R$ 15 milhões adicionais da compensação cambial) para o primeiro trimestre, o que representa um aumento de 6% em relação ao ano anterior.
Goldman Sachs
Os dados operacionais de março reportados pela B3 mostraram uma tendência mais fraca no período, mas ainda saudáveis, segundo avaliação do Goldman Sachs.
O banco pontua que o volume médio diário de negociação (ADTV, na sigla em inglês) foi de R$ 25,1 bilhões em março ligeiramente menor que o mês anterior, mas dados de abril já mostram um volume notavelmente mais alto, atingindo R$ 27,6 bilhões até o momento.
Em relatório, os analistas Tito Labarta, Tiago Binsfeld, Beatriz Abreu e Lindsey Shema dizem, que mesmo com os dados de março, esperam que as receitas melhorem sequencialmente no primeiro trimestre e que as despesas caiam após um quarto trimestre sazonalmente pressionado.
Diante disso, o Goldman Sachs aponta que a margem Ebitda deve melhorar de 66,6% no último trimestre de 2024 para 68,7%, porém o número ainda seria menor que os 71,5% do primeiro trimestre de 2024.
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O Goldman Sachs tem recomendação de compra para as ações da B3. O preço-alvo foi elevado de R$ 12 para R$ 13, o que representa um potencial de valorização de 6,82% em relação ao último fechamento.
XP Investimentos
Os dados operacionais de março da B3 não escaparam da sazonalidade negativa do mês para o mercado de ações à vista, avalia a XP, ficando ligeiramente abaixo do esperado pela casa. O volume médio diário de negociação de ações e derivativos ficou 5% e 13% abaixo das estimativas, respectivamente.
“Mantemos uma perspectiva cautelosa, uma vez que o atual ciclo de aperto monetário deverá continuar a ser o principal obstáculo à retomada de uma atividade mais forte no mercado de capitais”, dizem os analistas Bernardo Guttmann e Matheus Guimarães.
Já no braço de renda fixa, a XP aponta para um momento positivo. No setor, as novas emissões totalizaram R$ 4,77 trilhões no primeiro trimestre de 2025, 7% acima do esperado. Os derivativos de balcão totalizaram R$ 3,982 trilhões, também acima das expectativas em 6%.
“Apesar das melhorias apresentadas pela empresa nos últimos trimestres (exemplo: novas fontes de receita e controle de custos), esperamos que o momentum para as ações da B3 permaneça pressionado, uma vez que o ciclo de elevação da taxa de juros doméstica pode afetar negativamente os futuros de dinheiro e o apetite dos investidores”, conclui a dupla.
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A XP tem recomendação neutra para as ações da B3 (B3SA3). O preço-alvo é de R$ 14, o que representa um potencial de valorização de 15,04% em relação ao último fechamento.
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