Novo indicador da bolsa brasileira oferece referência inédita para o comportamento das Letras Financeiras do Tesouro, títulos públicos pós-fixados atrelados à taxa Selic
Sede da B3, em São Paulo; nova referência da bolsa acompanha o desempenho das Letras Financeiras do Tesouro atreladas à taxa Selic. (Foto: Adobe Stock)
A B3, a Bolsa de valores do Brasil, lança nesta quinta-feira (16) o Índice Tesouro Selic B3 (TSLC), criado para oferecer uma referência sobre o desempenho das Letras Financeiras do Tesouro (LFTs) — títulos públicos pós-fixados atrelados à taxa Selic e emitidos pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN).
Este é o primeiro indicador de títulos públicos desenvolvido pela B3. “Com esse indicador, os investidores passam a contar com uma ferramenta robusta para análise e monitoramento”, afirma Hênio Scheidt, gerente de Produtos da B3.
A metodologia do índice assegura que apenas os títulos mais líquidos e representativos integrem a carteira. A ponderação das LFTs considera tanto o valor de mercado quanto o volume médio diário de negociação, e o rebalanceamento é realizado trimestralmente.
Essas características permitem a inclusão de papéis com menor spread(diferença entre os preços de compra e venda) e menor turnover(menor frequência de trocas nos rebalanceamentos).
Quais LTFs foram selecionadas?
As LFTs que compõem o Índice Tesouro Selic B3 devem atender aos seguintes critérios na data de rebalanceamento:
Ter sido emitidas há pelo menos dois meses;
Ter prazo de vencimento igual ou superior a 12 meses;
Estar entre os 75% de maior volume de negociação diária no mercado secundário nos últimos três meses.
A ponderação das LFTs é feita de forma mista: 50% com base no valor de mercado e 50% na liquidez do ativo. O rebalanceamento ocorre no quinto dia útil dos meses de janeiro, abril, julho e outubro.