Os números reportados pela Lojas Renner (LREN3) referentes ao quarto trimestre de 2024 foram “pouco inspiradores e abaixo das expectativas”, na visão do Bradesco BBI. Somado a isso, o banco acredita que um potencial sentimento positivo sobre o programa de recompra, também anunciado na última quinta-feira (20), não deve reverter a mensagem transmitida pelo balanço.
“Os motivos que usamos para justificar o recente rebaixamento da Lojas Renner estão de certa forma capturados nos números e mensagens nos resultados do quarto trimestre”, afirmam os analistas Pedro Pinto e Lorenzo Marques.
O banco rebaixou, no dia 6 deste mês, os papéis da varejista para neutro e neste relatório reitera a recomendação. O preço-alvo para os papéis da Renner é de R$ 16, o que ainda representa um potencial de valorização de 16,7% ante o fechamento de ontem.
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O desempenho fraco da margem bruta foi um dos destaques negativos pontuados pelo Bradesco BBI. Apesar do indicador ter registrado o menor nível de redução para um quarto trimestre desde 2016, mesmo fazendo ajuste a valor presente do resultado das vendas parceladas, o banco calcula que a margem continuaria abaixo das expectativas do mercado.
“A margem provavelmente já está impactada por níveis mais altos da variação cambial, ao passo que a melhoria subjacente das despesas também foi mais fraca do que o esperado”, afirmam os analistas.
Os profissionais defendem que não é “justo” ajustar o resultado de despesas com vendas, gerais e administrativas (SG&A) pela participação nos lucros, justificando que a remuneração é operacional e um tanto recorrente por natureza.
Por outro lado, o Bradesco BBI diz que a geração de caixa está saudável e que o desempenho da Realize (divisão de serviços financeiros da empresa) foi melhor do que o esperado.
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