

O Goldman Sachs avaliou, em relatório, que o resultado da Raízen (RAIZ4) no terceiro trimestre da temporada 2024/25 reforçou uma visão cautelosa em relação às margens Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no curto prazo para o setor de distribuição de combustíveis, com impactos diretos sobre concorrentes como Vibra Energia (VBBR3) e Ipiranga, subsidiária da Ultrapar (UGPA3).
A Raízen reportou Ebitda ajustado de aproximadamente R$ 3,1 bilhões, resultado 9% abaixo do consenso. A companhia atribuiu o desempenho à sobreoferta de diesel e à volatilidade nos preços do biodiesel, fatores que pressionaram as margens do setor de distribuição de combustíveis no Brasil.
No segmento de distribuição, a Raízen registrou Ebitda ajustado de R$ 139 por metro cúbico, abaixo da estimativa do Goldman Sachs para Vibra Energia (R$ 145/m³) e acima da projeção para a Ipiranga, do grupo Ultrapar (R$ 130/m³). A companhia também destacou o impacto da concorrência crescente e da informalidade no setor, apontando para um aumento nas irregularidades de fornecedores que não cumprem a mistura obrigatória de biodiesel ao diesel fóssil. Segundo o Goldman Sachs, essa prática pode gerar uma vantagem competitiva superior a R$ 300/m³ para empresas que operam fora das regras.
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O Goldman Sachs mantém recomendação neutra para a Vibra, com preço-alvo de R$ 19,50, e classificação de compra para a Ultrapar, com alvos de R$ 19,70 na B3 e US$ 3,20 em Nova York.