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- O Banco BV diz que a Americanas (AMER3) tenta ocultar dos credores todas as medidas que adota nos autos do processo de recuperação judicial
- O BV encaminhou uma petição nesta sexta-feira (03) à 4ª Vara Empresarial do Rio
- O posicionamento veio em reação ao pedido do administrador judicial da varejista, no sentido de discutir qualquer levantamento de valores em um “incidente específico”. Isto é, em um processo paralelo ao da recuperação judicial
O Banco BV afirma que a Americanas (AMER3) tentou ocultar dos credores as medidas que adota no âmbito do processo de recuperação judicial, após identificar “inconsistências contábeis” de R$ 20 bilhões nos balanços. A varejista teria cerca de R$ 206 milhões em débitos pendentes com a instituição financeira.
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“Trata o processo de recuperação judicial como se fosse sua própria contabilidade: às escuras”, disse o BV sobre a Americanas, em petição encaminhada nesta sexta-feira (03) à 4ª Vara Empresarial do Rio.
O posicionamento veio em reação ao pedido do administrador judicial da varejista, no sentido de discutir qualquer levantamento de valores em um “incidente específico”. Isto é, em um processo paralelo ao da recuperação judicial. No documento, o BV ressalta, entretanto, que não teve acesso a esses processos.
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De acordo com o advogado Gabriel de Britto Silva, especializado em direito empresarial e do consumidor, essa medida da Americanas indicaria que estes processos teriam sido postos em segredo de Justiça.
“A manifestação (do BV) mostra-se plausível, já que qualquer sigilo que seja ou venha se impor a processo judicial no bojo de uma recuperação judicial de interesse público e tendo um número de milhares de credores, não pode ser aceitável”, afirma.
O texto da petição destaca ainda que “a recuperação judicial, ateste-se o básico, é procedimento coletivo que visa a agregar todos os stakeholders na busca pela melhor alternativa possível. Sem informação, sua finalidade perece. Basta se imaginar que impede aos credores a correta avaliação de seus parâmetros negociais, dificultando uma avaliação informada de futuro plano de recuperação judicial.”
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