As ações do Banco do Brasil (BBAS3) operam em alta nesta quinta-feira (15).Os ativos da companhia seguem o segundo pregão seguido de otimismo do mercado com o setor bancário. Próximo das 15h11m 9de Brasília), as ações do Banco do Brasil subiam 1,18%%, a R$ 28,26. No mesmo horário, as ações do Bradesco (BBDC4) avançavam 1,20%, Itaú (ITUB4) subia 1,10% e Santander (SANB11) operava estável com pequeno recuo de 0,03%.
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No mesmo horário, o Ibovespa tinha alta de 0,73%, a 134.295,88 pontos. O dia é marcado pelo otimismo com o setor bancário e outras empresas na Bolsa devido aos dados macroeconômicos brasileiros. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a taxa de desemprego recuou de 7,9% no primeiro trimestre de 2024 para 6,9% no segundo trimestre de 2024. Em São Paulo, a taxa de desemprego passou de 7,4% para 6,4% no período.
Segundo esta reportagem do Estadão, publicada na manhã desta quinta-feira, a taxa de desemprego recuou de forma estatisticamente significativa em 15 das 27 unidades da federação na passagem do primeiro trimestre de 2024 para o segundo trimestre.
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Nos EUA, o índice de atividade industrial Empire State registrou avanço em agosto, na comparação com o mês anterior, saindo de -6,6 pontos e indo aos -4,7 pontos. O indicador mede as condições de manufatura no estado de Nova York e foi divulgado pela distrital do Federal Reserve (Fed, bc estadunidense) da unidade federativa.
Esse números trazem otimismo ao investidor, que aproveita que as ações estão descontas e vai às compras. Em relação ao Banco do Brasil, o mercado mantém um certo otimismo.
O que esperar das ações Banco do Brasil?
Analistas do mercado financeiro elogiaram os resultados do Banco do Brasil, mas fizeram alertas sobre as tendências que os números do 2º trimestre indicam. A inadimplência acima de 90 dias cresceu 0,3 ponto porcentual, indo de 2,7% no segundo trimestre de 2023 para 3,0% no segundo trimestre de 2024.
Na quinta-feira da semana passada, os executivos do banco justificaram que essa alta do indicador de calotes foi puxada pelo setor do agronegócio. A inadimplência da carteira de crédito do segmento foi de 0,58% no segundo trimestre de 2023 para 1,32% no segundo trimestre de 2024.
Em meio a esse avanço da inadimplência, o banco revisou suas estimativas de Provisão para Devedores Duvidosos (PDD). O dinheiro é utilizado para cobrir o calote dos clientes. A companhia revisou estimativas de suas provisões da faixa dos R$ 27 bilhões aos R$ 30 bilhões para o intervalo de R$ 31 bilhões a R$ 34 bilhões.
No segundo trimestre de 2024 do BB, o PDD da empresa ficou em R$ 7,8 bilhões, alta de 8,8% na comparação com o mesmo período do ano passado. No acumulado do primeiro semestre, o PDD ficou em 16,3 bilhões, avanço de 25,5%.
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A Genial Investimentos mostrou preocupação com a inadimplência e revisão do guidance. Os analistas têm dúvidas se o custo de crédito, que veio pior do que o esperado, está forçando o banco a ajustar suas projeções. Mesmo com a preocupação com a alta da inadimplência e com receio de que os números mostrem uma piora sequencial no resultado do Banco do Brasil, analistas da Genial Investimentos calculam que o banco deve pagar 10% do seu valor de mercado em proventos, justificando a recomendação de compra.
“Acreditamos que o Banco do Brasil permanece com um preço atraente, negociado abaixo de seu valor patrimonial e com um ROE superior ao seu custo de capital. As ações estão sendo cotadas a múltiplos descontados em relação aos seus pares, com um Preço sobre Lucro (P/L) de 4,0 vezes para 2024 e 3,7 vezes para 2025”, dizem Eduardo Nishio, Wagner Biondo, Luis Degaspari e Felipe Oller, que assinam o relatório.
A Genial tem recomendação de compra para a ação do Banco do Brasil com preço-alvo de R$ 34 para o fim de 2024, uma alta de 21,7% na comparação com o fechamento de quarta-feira (14), quando encerrou o pregão a R$ 27,93. A VG Research acredita que o Banco do Brasil deva entregar bons resultados no ano e cumprir suas estimativas de lucro, que vão de R$ 37 bilhões a R$ 40 bilhões no acumulado de 2024.
“O Banco do Brasil oferece um investimento muito convidativo por aliar robustos pagamentos de proventos, forte geração de lucro e preço ótimo para o investidor”, explica. O especialista tem recomendação de compra e calcula um dividend yield de 10,45% para os próximos 12 meses. O preço máximo para garantir esses dividendos é até a faixa dos R$ 30,60. Acima desse valor, o ideal é o investidor não comprar a ação.
Já o BTG argumenta que a companhia parece estar se enfraquecendo e que o balanço do segundo trimestre do BB pode indicar que a empresa chegou ao ponto máximo e que pode desacelerar. “Já faz algum tempo que não o consideramos o Banco do Brasil em nossa lista de principais escolhas. Sentimos que os investidores começarão a precificar os ganhos máximos e que o papel pode sofrer”, apontam Eduardo Rosman, Ricardo Buchpiguel e Thiago Paura, que assinam o relatório do BTG.
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A equipe recomenda compra para o Banco do Brasil (BBAS3) por considerar o papel barato em relação aos pares e pela rentabilidade acima dos 20%, o que, para o BTG, pode implicar em dividendos de até 12% entre 2024 e 2025. Os analistas recomendam compra para o Banco do Brasil com preço-alvo de R$ 36,00, uma alta de 28,9% em relação ao fechamento de quarta-feira (14).