Os executivos do Banco do Brasil (BBAS3) classificaram a tragédia ocorrida do Rio Grande do Sul como algo sem precedentes. Na visão da CEO da BB, Tarciana Medeiros, o banco não consegue ter noção do impacto da tragédia em suas finanças. “Esse evento provoca um impacto econômico de uma região inteira em toda uma cadeia produtiva. Por isso, nesse momento, nosso foco são em questões sociais e e econômicas”, afirma Medeiros.
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Segundo o vice-presidente de gestão de risco da companhia, Felipe Prince, a carteira de empréstimos do Rio Grande do Sul equivale a 4% da carteira total do Banco do Brasil e a carteira de crédito do agronegócio do Rio Grande do Sul equivale a 6% de toda a carteira agro do Banco do Brasil. “Nós temos uma carteira extremamente resiliente e ainda assim é muito cedo para prever os impactos. O ideal é esperar a água baixar para termos a dimensão dos fatos ocorridos”, diz Prince.
Embora o banco não saiba estimar as perdas, o CFO da companhia, Geovanne Tobias, garantiu que a tragédia no sul não deve impactar o lucro do banco e que as estimativas de lucros e dividendos continuam as mesmas do começo do ano. “Estamos confiantes que vamos entregar esse payout de 45% do lucro, que é maior que os 40% pagos no ano ano passado”, aponta Tobias.
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Mais cedo, o Banco do Brasil anunciou o direcionamento de R$ 50 milhões em apoio aos clientes do Rio Grande do Sul em meio à maior tragédia climática do Estado. A medida foi anunciada pela presidente da companhia em coletiva com imprensa na manhã desta quinta-feira.
O Banco do Brasil encerrou o primeiro trimestre de 2024 ano com lucro líquido ajustado de R$ 9,3 bilhões, um aumento de 8,8% em relação ao mesmo período de 2023. Em relação ao quarto trimestre do ano passado, o resultado do banco teve queda de 1,5%.
O banco também informou que distribuirá R$ 940.587.022,62 em dividendos e R$ 1.673.348.484,70 na forma de juros sobre capital próprio (JCP), como remuneração complementar aos acionistas, relativos ao primeiro trimestre de 2024.