Prédio do Banco do Brasil (BBAS3); ações sofrem na Bolsa hoje em meio a temor de novas sanções pelos EUA. (Foto: Adobe Stock)
As ações do Banco do Brasil (BBAS3) fecharam em queda de 3,18% nesta terça-feira (2), cotadas a R$ 20,42, em meio à escalada das tensões envolvendo possíveis novas sanções do governo dos Estados Unidos contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator da ação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A queda intensifica um ano já marcado por oscilações bruscas nos papéis do banco estatal e incertezas para seus investidores.
De acordo com a CNN em Washington, o presidente americano avalia incluir o Banco do Brasil no pacote de penalidades, enquanto ocorre o julgamento de Bolsonaro no processo da trama golpista.
“Nenhum tribunal estrangeiro pode anular as sanções impostas pelos EUA ou proteger alguém das severas consequências de descumpri-las”, publicou a embaixada americana no X (antigo Twitter).
No dia seguinte, o Banco do Brasil divulgou nota afirmando que atua em conformidade com a legislação brasileira e internacional e que está “preparado para lidar com temas complexos”. A resposta buscou acalmar investidores, mas não impediu novas especulações.
Apesar da sinalização da gestão do banco sobre perspectivas de melhora nos fundamentos depois da divulgação do balanço do segundo trimestre de 2025, o Banco do Brasil não escapou dos efeitos da crise desencadeada pela Lei Magnitsky.
A resposta do mercado foi imediata: desde agosto, os principais bancos listados em Bolsa – Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4), Santander (SANB11), BTG (BPAC11) e Banco do Brasil – perderam, juntos, R$ 41,98 bilhões em valor de mercado, segundo levantamento da Elos Ayta Consultoria. Somente o BB registrou uma redução de R$ 7,25 bilhões.