A Assembleia Geral Ordinária (AGO) do Banco do Brasil (BBAS3), realizada no dia 30 de abril, aprovou a proposta da União de remuneração global de até R$ 90,260 milhões aos administradores do banco. O valor servirá para os pagamentos da presidente, Tarciana Medeiros, dos vice-presidentes e dos diretores e também dos Conselheiros de administração, entre abril deste ano e março do ano que vem.
O valor inclui tanto a remuneração fixa quanto os bônus, que são pagos a depender do cumprimento de metas pelo banco. O montante é 3,7% menor que o proposto pelo banco no final de março, de R$ 93,835 milhões. No entanto, é 18,5% maior que o pago até março deste ano, de R$ 76,176 milhões.
Embora tenha ficado abaixo do proposto pelo banco, o valor final ficou acima do que a União vinha conseguindo emplacar nos últimos anos. Desde 2022, o governo vinha recomendando valores bem abaixo dos propostos pelo BB, e como detém a maioria das ações, vencia nas assembleias.
O banco vinha argumentando nos últimos anos que havia uma defasagem na remuneração dos administradores estatutários, o que aproximava muito a remuneração dos diretores daquela recebida por funcionários CLT. Com isso, o exercício de postos na administração teria ficado menos atrativo, por demandar uma responsabilidade maior.
Entre 2016 e 2022, a remuneração da administração do BB não teve reajuste. Desde então, vinha sendo ajustada de acordo com as propostas do governo, sempre mais baixas que as do banco.
A remuneração da administração doBanco do Brasil (BBAS3) é a menor entre os quatro maiores bancos listados do País. Nos demais, que são controlados por acionistas do setor privado, os valores começam em R$ 510 milhões e vão até R$ 738,5 milhões.