O Safra iniciou a cobertura das ações do banco Inter (INBR32), negociadas na Nasdaq, com recomendação “outperform” (perspectiva de desempenho acima da média do mercado, com recomendação de compra) e preço-alvo de US$ 7,00, o que representa um potencial de alta de 38% em relação ao fechamento de quinta-feira (10).
De acordo com a casa, o Inter está bem posicionado para “empilhar lucros” ao longo dos próximos anos. Embora não veja o banco digital atingindo totalmente a meta de chegar a 30% de retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) até 2027, a análise é que haverá progressos no mix de crédito, na margem líquida e no engajamento dos clientes.
“Para nós, o caminho para uma rentabilidade mais alta depende menos de adquirir novos clientes e mais na ativação e no engajamento da atual base”, afirma a equipe liderada pelo analista Daniel Vaz.
De acordo com eles, o Inter ainda está no começo da expansão do crédito sem garantias, mas movimentos recentes, como contratações de nomes-chave, o lançamento de novos produtos e um aumento do apetite a risco, sinalizam um ponto de virada.
O Safra compara a rentabilidade do Inter com a Nubank (ROXO34). No quarto trimestre de 2024, os retornos das instituições foram, respectivamente, de 11% e de 30%. Através de cinco indicadores, o banco detectou que a principal desconexão entre ambos é na maior participação do crédito na base do Nubank, que também conseguiu ampliar o uso da plataforma pelos clientes.
“Ainda assim, vemos essa lacuna se fechando nos próximos anos, considerando iniciativas como o financiamento ao consumidor ‘2.0’, as oportunidades na carteira do novo consignado privado no Brasil, e um repasse mais preciso dos spreads (sobretaxas) considerando uma capacidade mais robusta de subscrição de crédito”, diz a casa sobre o banco Inter (INBR32).