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Barkin vê risco de recessão e usa CPI como reforço contra inflação

Barkin se recusou a dizer se irá ser favorável a um aumento de 100 pontos-base nos juros na reunião deste mês

Barkin vê risco de recessão e usa CPI como reforço contra inflação
Sede do Federal Reserve. Foto: REUTERS/Chris Wattie/File Photo

Em entrevista nesta quarta-feira, o presidente do Federal Reserve (Fed) de Richmond, Tom Barkin, afirmou ver risco de recessão no curto prazo. O foco do banco central americano deve ser o controle da inflação, não o crescimento, disse.

A avaliação vem depois de um índice de preços ao consumidor (CPI) americano no maior nível em 41 anos, em junho. O dado reforça o argumento por uma postura “resoluta” contra inflação, defendeu o dirigente, que não tem poder de voto nas decisões monetárias. Ele afirmou que o CPI de junho mostrou que a inflação está disseminada e observou que tanto o indicador quanto seu núcleo estão muito elevados.

Barkin se recusou a dizer se irá ser favorável a um aumento de 100 pontos-base nos juros na reunião deste mês. “Eu não quero liderar o processo de política, mas certamente torna o caso ainda mais forte para continuarmos resolutos no combate à inflação”, disse ele.

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Ele afirmou estar mais preocupado em elevar as taxas de juros acima do nível de inflação que os investidores esperam nos próximos dois anos para atingir uma taxa de juros “real” positiva. Qualquer movimento individual de 25 pontos-base em uma reunião do Fed “não é tão importante para mim quanto o destino, ou seja, para onde você quer levar as taxas reais prospectivas?”, disse. “Para ter o tipo de impacto que você deseja na inflação”, as taxas de juros de curto prazo “precisam entrar em território positivo”.

Os tipos de dados de inflação divulgados na quarta-feira “tornarão isso ainda mais desafiador e tornarão nosso trabalho ainda mais difícil”, acrescentou.

Ainda assim, o banqueiro disse estar ouvindo mais sinais de empresas e grupos de consumidores de que a economia está se abrandando, principalmente para trabalhadores de baixa renda, razão pela qual ele continuou prevendo que as pressões inflacionárias logo se moderariam.

As empresas “estão tomando mais cuidado com seus investimentos e contratações”, disse ele. “Quanto disso é devido às taxas, por si só, e quanto disso é devido a conversas sobre recessão… é difícil saber. Mas eu definitivamente ouço isso acontecendo.”

Fonte: Dow Jones Newswires.

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