(Sandy Oliveira, Estadão Conteúdo) – A Bayer, fabricante alemã de produtos farmacêuticos e agroquímicos, registrou prejuízo líquido de 298 milhões de euros (US$ 303 milhões) no segundo trimestre deste ano, informou ontem (4) a companhia.
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O resultado é melhor do que o obtido no mesmo intervalo de 2021, quando a empresa obteve prejuízo de 2,34 bilhões de euros. Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado avançou 30%, de 2,57 bilhões de euros no segundo trimestre de 2021, para 3,34 bilhões de euros no segundo trimestre deste ano.
As vendas da companhia aumentaram 9,6%, a 12,81 bilhões de euros, em comparação com 10,85 bilhões de euros no segundo trimestre do ano anterior. De acordo com a companhia, as vendas aumentaram principalmente por ganhos em sua divisão Crop Science, que inclui produtos agrícolas, e no segmento de atendimento ao consumidor. O desempenho da fabricante de produtos farmacêuticos e agroquímicos surpreendeu a expectativa do mercado em relação às vendas.
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Apesar de o desempenho da divisão Crop Science ter vindo acima do consenso de analistas da Bernstein, a situação parece “menos lisonjeira quando observada de perto”. “Isso se deve a mais deficiências relacionadas à Monsanto, mais litígios e comparação relativamente fraca com a concorrência”, dizem os analistas. O crescimento orgânico da Bayer na divisão agrícola foi menor do que o do seu concorrente FMC, e mostrou relativa fraqueza no mercado norte-americano e também para milho e soja, segundo a Bernstein.
Quanto à receita, o maior incremento, de 17,2%, foi observado na divisão Crop Science, que inclui produtos agrícolas, com 6,46 bilhões de euros. O segmento foi beneficiado por uma melhoria substancial no ambiente de mercado. A divisão de atendimento ao consumidor obteve receita 6,8% maior, a 1,49 bilhão de euros. Na divisão de produtos farmacêuticos a receita subiu 2,1%, para 4,81 bilhões de euros.
A Bayer informou que a métrica foi afetada por encargos especiais líquidos de 2,11 bilhões de euros, incluindo perdas por redução ao valor recuperável relacionadas à sua Divisão Agrícola. Outros encargos especiais estavam relacionados com a continuação de litígios e medidas de reestruturação, disse a empresa, em comunicado divulgado para investidores e imprensa. O fluxo de caixa livre ficou no mesmo nível do ano anterior, em 1,140 bilhão de euros. A dívida financeira líquida em 30 de junho de 2022 era de 36,575 bilhões de euros, alta de 5,9% em relação a 31 de março de 2022.
Para o acumulado do ano fiscal de 2022, a Bayer aumentou suas perspectivas financeiras, citando um bom desempenho de negócios no primeiro semestre do ano. A empresa espera que as vendas totalizem entre 47 bilhões de euros e 48 bilhões de euros, anteriormente a previsão era de 46 bilhões de euros.
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O Ebitda ajustado antes de itens especiais, estima a companhia, deve ficar entre 12,5 bilhões de euros, ante previsão anterior de 12 bilhões de euros. Os ganhos básicos por ação aumentaram para 7,30 euros, ajustando-se aos efeitos cambiais ante expectativa anterior de lucro por ação em 7 euros. A previsão de fluxo de caixa livre está em cerca de 2,5 bilhões de euros (anteriormente: cerca de 2 bilhões a 2,5 bilhões de euros). Além disso, a empresa continua esperando uma dívida financeira líquida no final do ano de aproximadamente 33 bilhões a 34 bilhões de euros em uma base ajustada pela moeda.
*Com informações da Dow Jones Newswires