O Banco do Brasil (BBAS3) atualizou o preço-alvo para as ações da Vibra Energia (VBBR3) para R$ 27,50 (ante R$ 27,00) e manteve a recomendação de compra para a empresa. Em relatório divulgado ao mercado nesta terça-feira (24), o BB informou que mantém um olhar construtivo sobre a companhia devido tanto aos bons resultados apresentados nos últimos anos quanto em função de perspectivas positivas no longo prazo.
Leia também
Na avaliação do BB, a Vibra tem passado por um momento de desalavancagem. O indicador, medido pela relação entre dívida líquida e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), atingiu 2,6 vezes após a aquisição da Comerc. O banco espera que o múltiplo chegue a 1,4 vez em 2024, o que deve permitir maior espaço para novos investimentos e aumento do pagamento de dividendos.
“O setor segue em condições desafiadoras, com margens comprimidas devido à concorrência mais acirrada, já que o crescimento de volumes segue limitado. A estratégia da Vibra tem sido não entrar em uma disputa de preços, mas sim garantir margens saudáveis, ainda que em detrimento de menores volumes”, afirmou o analista Daniel Cobucci, responsável pelo relatório.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
De acordo com o BB, o cenário atual do abastecimento doméstico já passa por uma redução no volume de importações, passada a excepcionalidade das compras de diesel russo, que tinha favorecido a atuação de distribuidoras de menor porte.
Agora, as maiores companhias têm se aproveitado de suas infraestruturas para promover importações que complementem a cota de fornecimento da Petrobras (PETR4). “O que pode trazer uma combinação de manutenção dos patamares mais elevados de margem, mas com melhor competitividade em relação aos postos não embandeirados”, acrescentou o BB.
O banco espera que a empresa encerre o ano de 2023 com uma receita líquida em R$ 161 bilhões, uma redução de 11% ante 2022, devido aos menores preços de petróleo e derivados. Por outro lado, a instituição espera um Ebitda de R$ 4,8 bilhões, alta de 7% ao ano, e um lucro líquido de R$ 1,9 bilhão, o que representa um avanço anual de 23%.
A partir desta perspectiva, o BB vê boas chances para a Vibra distribuir dividendos acima do mínimo legal de 25% do lucro líquido.
Publicidade
O relatório aponta ainda que as ações da Vibra são negociadas em 7,2 vezes a relação entre o valor da empresa e o Ebitda, ante 6,2 vezes a média dos pares (Ultrapar e Raízen). Contudo, considerando as melhores margens que a Vibra apresenta, o banco vê uma melhor relação risco-retorno para a Vibra.