O Bradesco BBI avalia que não haverá impacto significativo de curto prazo nas ações da Multiplan (MULT3) diante da intenção da OTPP, um dos seus acionistas controladores, de vender a totalidade de sua participação na companhia.
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Em relatório, os analistas Bruno Mendonça, Pedro Lobato e Herman Lee destacam a probabilidade de um cenário neutro para positivo superando significativamente a de um evento negativo para os detentores dos papéis da empresa.
“A leitura mais importante nesta situação é o fato de que o acordo de acionistas é muito restritivo em relação a um desinvestimento pela OTPP, portanto o processo é altamente dependente da aprovação do Sr. [José Isaac] Peres, e não descartamos a possibilidade dele adquirir a participação da OTPP, pois acreditamos que ele poderia combinar patrimônio pessoal e dívida”, afirmam.
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“A única situação que vemos que estaria fora do seu controle é o caso de um novo (e longe de ser óbvio) comprador disposto a pagar um prêmio e a cumprir todos os termos do acordo de acionistas. Mesmo neste cenário de baixa probabilidade de um novo player, não vemos qualquer excesso nas ações, uma vez que o novo acionista permaneceria preso ao acordo até 2037”, enfatiza o Bradesco BBI.
Os profissionais observam que a decisão de adquirir a participação da OTPP cabe integralmente a Peres e seus familiares, e não diretamente à administração da Multiplan.
Nesse cenário, caso Peres aceite a proposta pela OTPP, as alternativas para a Multiplan variam entre: dividendos extraordinários para ajudar Peres a cumprir suas obrigações; discussões sobre a disposição de Peres de reduzir a participação de sua família pós-acordo de 43%; e combinação desses cenários, com possibilidade de utilização de patrimônio pessoal e limitação de uso de ações ou balanço da Multiplan.