O Bradesco BBI reiterou a recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) para a JBS, agora com foco nas ações listadas nos Estados Unidos, e fixou o preço-alvo em US$ 20 por ação, o que representa um potencial de valorização de 47%. A mudança de cobertura para os papéis negociados na Bolsa de Nova York acompanha a recente listagem da companhia no mercado americano, um marco que, segundo os analistas, remove um dos principais entraves para a reavaliação dos ativos da empresa.
“A listagem nos EUA fortalece o argumento de que a JBS deve começar a ser precificada de forma mais próxima de seus pares americanos, especialmente a Tyson Foods”, afirmam os analistas Henrique Brustolin e Pedro Fontana em relatório.
Apesar da expectativa de desaceleração nos lucros em 2025, com projeção de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 36,8 bilhões, uma queda de 5% em relação a 2024, o Bradesco BBI considera que o novo patamar de visibilidade e liquidez pode pavimentar o caminho para uma melhor precificação da ação no médio prazo, mesmo com menor ímpeto no curto prazo. Para 2026, a projeção de Ebitda foi reduzida para R$ 33,3 bilhões, com margem de 7,1%.
Os analistas destacam que, entre 2019 e 2024, os negócios de frango e carne suína da JBS nos EUA superaram consistentemente os resultados da Tyson Foods em termos de margem Ebit: 4,7 pontos porcentuais a mais em frango e 3 pontos em suínos, com uma margem Ebit consolidada 0,8 ponto acima da concorrente americana. No período de 2016 a 2025, o crescimento médio anual de receita (CAGR) da JBS deve atingir 5,9%, frente a 4,3% da Tyson.
Mesmo após a valorização recente — com as ações da JBS subindo 57% em 2024 — o Bradesco BBI avalia que a companhia ainda negocia com desconto em relação aos pares. Pelos múltiplos projetados para 2026, a JBS está cotada a 9,5 vezes EV/Ebit e 6,4 vezes EV/Ebitda, enquanto a Tyson negocia, respectivamente, a 11,8x e 7,5x..
“Mesmo com poucos gatilhos de curto prazo, a combinação de retorno atrativo e possibilidade de reprecificação torna a ação defensiva e com potencial”, afirmam os analistas.
O Bradesco BBI destaca ainda que a JBS continua sendo sua principal escolha estrutural no setor global de proteínas: “Com uma plataforma diversificada, execução consistente e retorno competitivo, a JBS se consolida como veículo ideal para exposição ao setor.”
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*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela redação do Broadcast