O banco central da Turquia deixou inalterada sua taxa de juros em 14% pelo segundo mês seguido nesta quinta-feira, como esperado, apesar do salto na inflação para quase 50% depois de o ciclo de afrouxamento monetário do ano passado ter provocado uma crise cambial.
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O banco iniciou o afrouxamento em setembro e cortou os juros em 5 pontos percentuais sob a pressão do presidente do país, Tayyip Erdogan, cujo novo plano econômico heterodoxo prioriza crédito, produção, exportações e emprego.
Todos os 20 economistas consultados em pesquisa da Reuters previam que o banco central deixaria sua taxa referencial inalterada.
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A inflação anual na Turquia disparou para uma máxima de 20 anos de 48,69% em janeiro na base anual, deixando os rendimentos reais em território profundamente negativo.
O banco central sinalizou no mês passado que daria uma pausa no ciclo de afrouxamento para monitorar seus efeitos. A autoridade monetária prevê que a inflação vai cair na segunda metade do ano, mesmo com a maioria dos analistas esperando que as pressões de preços e salariais persistam.
A lira, que perdeu 44% de seu valor em 2021 com preocupações sobre um afrouxamento prematuro, tem sido negociada estável este ano depois de intervenções estatais no mercado cambial e de um esquema para proteger os depósitos em lira contra a depreciação.