Sede do BCE em Frankfurt 15/01/2009. REUTERS/Kai Pfaffenbach
Membro do Conselho do Banco Central Europeu (BCE), Frank Elderson reafirmou que o foco da autoridade monetária está em controlar a inflação na zona do euro e retomá-la à meta de 2% ao ano. Para isso, mais altas de juros serão necessárias, enfatizou, em linha com comentários recentes da presidente Christine Lagarde.
Segundo o dirigente, a inflação está “muito alta” e exige uma resposta firme do BCE. Elderson admitiu, inclusive, que as pressões de altas nos preços se provaram mais fortes e persistentes do que o BC comum previa. Diante dos choques externos que afetam a zona do euro, a inflação na região deve ficar acima de 2% por um período extenso de tempo, afirmou.
Durante evento do Parlamento Europeu sobre a ação do BCE quanto as mudanças climáticas, Elderson destacou as “profundas implicações” do tema à estabilidade de preços. Desta forma, a entidade precisa agir como uma “força que contribui para a transição energética” na zona do euro, avaliou.
“Não podemos cumprir nosso mandato se assumirmos como cenário base um mundo que não fará a transição no futuro”, argumentou Elderson, em comentários divulgados no site do BCE há pouco. A médio e longo prazo, “políticas fiscais que redirecionem investimento público e privado para apoiar o crescimento sustentável” podem ajudar a reduzir as pressões inflacionárias, segundo ele.