O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta terça-feira uma proibição às importações de petróleo e outras fontes de energia da Rússia em retaliação pela invasão da Ucrânia, mas reconheceu que a medida elevará os preços da energia para os consumidores nos EUA.
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“Estamos proibindo todas as importações de petróleo e gás da Rússia”, disse Biden a repórteres na Casa Branca. “Isso significa que o petróleo russo não será mais aceitável nos portos dos EUA e o povo norte-americano dará outro golpe poderoso na máquina de guerra de Putin.”
Os preços do petróleo subiram com o anúncio, com o petróleo Brent para maio subindo 5,4% para 129,91 dólares o barril.
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Biden tem trabalhado com aliados na Europa, que são muito mais dependentes do petróleo russo do que os EUA, para isolar a economia russa, que é fortemente dependente do setor de energia, e Putin. O Reino Unido anunciou pouco antes da fala de Biden que eliminará gradualmente a importação de petróleo e gás russos até o final de 2022.
Biden disse que as sanções impostas pelos Estados Unidos e seus aliados já causaram uma “cratera” na economia russa. Ele disse que os últimos movimentos foram feitos em estreita consulta com aliados e parceiros em todo o mundo.
Os Estados Unidos importaram da Rússia mais de 20,4 milhões de barris de produtos brutos e refinados por mês, em média, em 2021, cerca de 8% das importações de combustíveis líquidos dos EUA, segundo a Administração de Informação de Energia (AIE) dos EUA. A proibição deve fazer com que os preços da gasolina, que já estão altos, subam ainda, afetando diretamente a inflação. Os Estados Unidos também importam carvão da Rússia.
Biden previu que os preços subirão ainda mais como resultado da “guerra de Putin”, mas prometeu fazer todo o possível para minimizar o impacto sobre o povo norte-americano.