O bitcoin é a maior criptomoeda em valor de mercado. (Foto: Adobe Stock)
O bitcoin e as principais criptomoedas operaram em queda nesta quinta-feira (13), refletindo a cautela dos investidores após o fim da paralisação do governo americano. O acordo na Câmara dos Representantes encerrou o impasse, mas trouxe novas incertezas sobre as divulgações de dados econômicos represados que podem definir os próximos passos da política monetária americana.
Por volta das 16h50 (em Brasília), o bitcoin tinha baixa de 2,50%, a US$ 98.744,5 e o ethereum recuava 5,64%, a US$ 3.199,05, de acordo com a plataforma Coinbase.
Com o fim do shutdown, investidores voltam as atenções ao Federal Reserve (Fed), que deve analisar uma série de indicadores adiados durante a paralisação. Caso os indicadores reforcem a necessidade de manter as taxas de juros elevadas, o setor cripto pode sentir nova pressão. Juros altos reduzem o apelo de ativos de risco em comparação com aplicações tradicionais que oferecem rendimento, como títulos dos Treasuries.
Segundo o índice de medo e ganância do Coin Market Cap, o mercado de criptomoedas segue em terreno de “medo”, em meio à reconstrução gradual da confiança. “Os mercados estão se estabilizando à medida que a liquidez se reconstrói cautelosamente em ativos digitais e tradicionais”, afirmou o analista da Nexo, Iliya Kalchev. “O apetite por risco está retornando, mas de forma moderada”, acrescentou, em nota.
Analisando o desempenho individual dos ativos, a analista da Ripio, Ana de Mattos, destaca que o bitcoin recuou após atingir a máxima de US$ 107.500 na última segunda-feira. Segundo ela, o bitcoin sugere uma lateralização entre US$ 107.500 e US$ 100 mil, com próximos alvos de resistência em US$ 112.500 e suportes em US$ 98.800 e US$ 95 mil.
A analista destaca ainda o desempenho da Uniswap (UNI), que entre 4 e 10 de novembro registrou valorização de mais de 117%, saindo de US$ 4,73 para máxima de US$ 10,30.