O bitcoin é a maior criptomoeda em valor de mercado (Foto: Adobe Stock)
O bitcoin voltou a subir nesta terça-feira (20) e chegou a romper a marca dos US$ 106 mil, em meio ao otimismo do mercado com o avanço de um projeto de lei nos Estados Unidos que regula ativos digitais. O movimento reforça o viés de alta da maior criptomoeda do mundo, que agora está a menos de 5% de sua máxima histórica.
Por volta das 15h40 (horário de Brasília), o bitcoin subia 1,0%, negociado a US$ 105.893,90, enquanto o Ethereum recuava 0,48%, a US$ 2.481,70, segundo dados da Binance.
O novo impulso do bitcoin veio por uma ação do Senado americano, que aprovou, por 66 votos a 32, o avanço do projeto GENIUS Act. A proposta estabelece diretrizes claras para o mercado de stablecoins, como Tether e USD Coin, exigindo que emissores mantenham reservas em ativos líquidos e seguros, além de seguirem normas rígidas contra lavagem de dinheiro.
“A aprovação do projeto e a inclusão da Coinbase no S&P 500 reforçam a aceitação mainstream das criptos, equilibrando o impacto de falas mais cautelosas do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA)”, avaliou Joel Kruger, estrategista da LMAX Group.
Apesar do otimismo, analistas alertam para uma resistência forte na faixa de US$ 107 mil. “O BTC está apenas 4,4% abaixo de sua máxima histórica, mas enfrenta pressão vendedora significativa nesse nível”, disse Alejandro Arrieche, da FXEmpire. Mesmo assim, o especialista vê potencial para um rali até os US$ 140 mil, com base em padrões históricos.
No horizonte de longo prazo, Geoff Kendrick, do Standard Chartered, destaca o interesse crescente de entidades públicas no Strategy (antiga MicroStrategy), que é vista como uma alternativa indireta para se expor ao bitcoin, sobretudo em países com restrições à posse direta. Em relatório recente, Kendrick projetou que o BTC pode atingir US$ 500 mil até o fim de 2028.