Bitcoin é a maior criptomoeda em valor de mercado (Foto: Adobe Stock)
O bitcoin operou em alta nesta terça-feira (10), enquanto analistas observam que mais catalisadores do cenário macroeconômico devem ser necessários para ampliar os ganhos do ativo para que este supere seu recorde histórico, no nível dos US$ 112.000. Além das negociações entre Estados Unidos e China, que seguem em Londres e podem ser decisivas sobre as tensões comerciais, as perspectivas para a inflação americana são observadas, com destaque para a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de maio nesta quarta-feira. Por sua vez, na ausência de fatores novos que possam estimular os preços, há o risco de uma correção, sinalizam analistas.
Por volta das 16h00 (horário de Brasília), o bitcoin subia 0,81% sendo negociado a US$ 109.318,91, enquanto o Ethereum avançava 6,67%, cotado a US$ 2.756,59, segundo dados da Binance.
O Bitcoin está em alta, mas a criptomoeda provavelmente precisará de mais catalisadores macroeconômicos para se manter nessa trajetória. A criptomoeda está cada vez mais atrelada ao mercado de ações, de modo que seu impulso estagnou nas últimas semanas em meio a tensões comerciais persistentes e dados econômicos fracos nos EUA.
“O risco de uma correção de curto prazo continua a crescer – especialmente na ausência de um catalisador forte para impulsionar o bitcoin decisivamente acima da máxima histórica atual”, disseram analistas da corretora de criptomoedas Bitfinex. “O Bitcoin está agora em uma encruzilhada – equilibrado entre o suporte estrutural e o momentum de alta em declínio, aguardando seu próximo sinal macro”.
Levando em conta o cenário macro, com o tempo, o bitcoin provou ser uma proteção melhor contra a inflação do que muitas outras classes de ativos, até mesmo o ouro, opina Elliot Johnson, da Bitcoin Treasury Corporation, em nota. “Continua sendo o ativo com melhor desempenho em cinco anos, com alta de mais de 1.000%”, afirma o CEO. O ouro retornou 92,5% no mesmo período, enquanto o dólar perdeu mais de 20% de seu valor nos últimos cinco anos devido à inflação, afirma.