O preço do bitcoin subiu nesta quarta-feira (7), com o alívio nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China impulsionando o apetite por ativos de risco. A criptomoeda acelerou os ganhos após a decisão sem surpresas do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) de manter os juros inalterados.
Por volta das 16h10 (horário de Brasília), o bitcoin avançava 0,92%, cotado a US$ 95.977,55, após ter alcançado a máxima de US$ 97.732,00 durante a madrugada. Já o ethereum cedia 0,11%, a US$ 1.788,06, segundo dados da Binance.
Atualmente, os EUA mantêm tarifas de até 145% sobre produtos chineses, enquanto a China impõe alíquotas de até 125% sobre bens americanos. No entanto, a sinalização de um possível encontro entre autoridades dos dois países reacendeu o otimismo dos investidores.
No setor cripto, o estado de New Hampshire se tornou o primeiro nos EUA a aprovar uma legislação que permite a criação de uma reserva estratégica de bitcoin. A nova lei autoriza o Tesouro estadual a adquirir bitcoin e outros criptoativos com valor de mercado superior a US$ 500 bilhões – critério atualmente atendido apenas pelo próprio bitcoin.
Enquanto isso, o Senado dos EUA deve iniciar nesta quinta-feira a votação do projeto batizado de GENIUS Act, que busca estabelecer um marco regulatório claro para as stablecoins no país.
O Federal Reserve decidiu, por unanimidade, manter a taxa de juros dos EUA inalterada, entre 4,25% e 4,50% ao ano. O banco central destacou que os dados econômicos recentes demonstram resiliência, mas também alertou para os riscos de aumento do desemprego e da inflação. Durante a coletiva de imprensa, o presidente do BC americano, Jerome Powell, enfatizou que ainda não há sinais claros de desaceleração econômica, e o Fed pretende esperar por mais clareza antes de tomar novas decisões. “Não precisamos ter pressa. Nossa política é modestamente restritiva”, afirmou Powell.