

O bitcoin opera em alta na tarde desta quarta-feira (9), revertendo as perdas recentes após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar uma pausa de 90 dias nas tarifas recíprocas para países que não adotaram medidas retaliatórias – saiba tudo nesta matéria.
Por volta das 16h (horário de Brasília), o bitcoin avançava 6,05%, cotado a US$ 81.992,01. O Ethereum subia 10,57%, a US$ 1.631,63, segundo dados da Binance.
No início do dia, o criptoativo chegou a cair e depois operou de lado, pressionado pelas preocupações com os impactos econômicos das tarifas dos EUA e das contramedidas da China. A virada de direção do bitcoin aconteceu de forma semelhante à das bolsas de Nova York, após o anúncio da trégua temporária.
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De acordo com Beto Fernandes, da Foxbit, só nesta tarde, foram quase US$ 250 milhões liquidados em contratos futuros, sendo US$ 220 milhões de posições de venda. “Ou seja, o investidor que acreditava na queda foi pego de surpresa por este movimento, e foi obrigado a recomprar os ativos do mercado”.
Apesar do alívio momentâneo, Trump também comunicou que as tarifas sobre produtos chineses serão elevadas para 125%, com efeito imediato, o que reacendeu temores sobre uma escalada ainda maior na guerra comercial.
“O bitcoin continua testando o nível crucial dos US$ 75 mil. Se o preço romper de forma consistente abaixo desse patamar, o ativo pode desabar. Por outro lado, uma reversão acima dos US$ 80 mil pode impulsionar uma nova alta em direção à média móvel, hoje na casa dos US$ 85 mil”, afirma Christopher Lewis, da FXEmpire. “O ambiente global ainda é marcado por incertezas em relação aos ativos de risco, e o bitcoin, naturalmente, não está imune a isso.”
Mesmo com o cenário adverso, analistas do Saxo Bank avaliam que mineradores de criptoativos como o Bitcoin podem, de certa forma, se beneficiar da nova política tarifária. Isso porque as tarifas podem baratear o custo dos equipamentos de mineração produzidos fora dos EUA. Por outro lado, esses mesmos equipamentos devem ficar mais caros dentro do território americano, o que pode enfraquecer a demanda, forçando os fabricantes a reduzirem os preços.
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