Qual o erro mais comum ao investir no Bitcoin (BTC)? Veja o que diz a especialista da exchange Bitso
Especialista alerta para os principais equívocos cometidos por quem começa no mercado cripto em busca de lucros rápidos e explica como investir de forma mais segura e consciente
Investir em criptomoedas: como evitar os erros mais comuns entre iniciantes (Foto: Adobe Stock)
Com a popularização das criptomoedas, como o Bitcoin (BTC), cresce também o número de investidores iniciantes que se lançam no mercado com grandes expectativas de retorno rápido — e pouca compreensão dos riscos envolvidos. Para Julia Rosin, Head de Políticas Públicas na Bitso, essa combinação costuma ser a receita para frustração e perdas financeiras.
Segundo a especialista, é muito comum que novos investidores busquem ativos sem conhecê-los a fundo, especialmente aqueles com alta volatilidade no curto prazo. “Acho que talvez, com uma promessa — ou até uma ilusão — de que é possível ter um ganho muito rápido, muita gente acaba se expondo a ativos extremamente instáveis”, explica. O problema, segundo Rosin, é que essa estratégia tende a causar mais prejuízos do que lucros, justamente porque exige um conhecimento de mercado que, em geral, o iniciante ainda não tem.
O impacto emocional também não é pequeno. Ela observa que, diante de perdas, muitas pessoas desenvolvem uma aversão ao setor. “Isso gera um trauma. E, em vez de parar e pensar: ‘O que eu fiz errado? Como posso melhorar minha estratégia?’, a pessoa simplesmente sai do mercado cripto”, afirma.
Sou iniciante, por onde começar?
Diante disso, Julia Rosin recomenda que quem está começando evite “surfar na onda” de ativos que viralizam ou que parecem promissores apenas por motivos passageiros. “Se você não conhece nada de cripto, comece pelos ativos mais estruturados e consolidados no mercado, como o Bitcoin, o Ethereum ou a Solana. Eles já estão há muitos anos no mercado e, embora ainda sejam voláteis, têm projetos sólidos e reconhecidos”, aconselha.
Ela destaca que o erro mais comum é apostar em ativos com apelo momentâneo, mas sem sustentação técnica ou tecnológica. “Por exemplo, uma moeda que ficou famosa porque está associada a um jogador de futebol. É um projeto muito de curto prazo, que pode até atrair atenção inicial, mas a tendência é que o interesse caia — e com ele, o valor do ativo. Quem entrou nessa perde dinheiro”, pontua.
Rosin conclui que esses projetos pontuais só devem ser explorados por quem já tem experiência e preparo para lidar com a volatilidade extrema. “Acho que vale chegar nesse ponto só se você já está bem treinado. Para quem está começando, o ideal é buscar ativos mais consistentes e entender o mercado aos poucos.”
Passo a passo: como investir em Bitcoin (BTC)?
Além das recomendações da especialista, veja um passo a passo simples de como investir em criptos. Para ler o material aprofundado, clique aqui e confira a matéria completa.
1. Escolha uma carteira digital (wallet)
A carteira digital armazena as suas criptomoedas. Existem dois tipos:
Carteiras online: fáceis de usar, mas dependem da internet. Por exemplo: aplicativos no celular ou sites especializados;
Carteiras físicas (hardware wallets): mais seguras contra ataques hackers, mas será preciso cuidar para não perder o dispositivo ou a chave privada.
Dica: mantenha a sua chave de acesso (chave privada) em um local seguro. Perder a chave significa perder o acesso às suas moedas!
2. Selecione uma corretora confiável
Para comprar e vender criptomoedas, você precisará de uma corretora. No caso do mercado cripto, ela recebe o nome de exchange.
O que avaliar ao escolher uma corretora:
Reputação no mercado;
Opiniões de outros usuários;
Recursos de segurança, como autenticação em dois fatores;
Taxas de negociação.
Exemplos populares: Binance, Coinbase, Mercado Bitcoin e Bitso.
3. Cadastre-se na plataforma
O cadastro na corretora exige algumas etapas:
Preenchimento de dados pessoais;
Criação de login e senha;
Verificação de identidade, normalmente feita com o envio de documentos oficiais, como Registro Geral (GR) ou Carteira Nacional de Habilitação (CNH);
Confirmação de endereço (em alguns casos)
4. Deposite dinheiro na corretora
Depois de ter a conta aprovada, deposite reais (ou outra moeda fiduciária) na sua conta da corretora. As formas mais comuns de depósito são:
Transferência bancária (TED, Pix);
Cartão de crédito;
Boleto (em algumas plataformas).
5. Compre suas criptomoedas
Agora, é hora de começar a investir.
Escolha a criptomoeda de interesse (Bitcoin, Ethereum, etc.);
Informe o valor que deseja comprar;
Confirme a transação.
Dica: você pode comprar frações de criptomoedas, não precisa adquirir uma unidade inteira. Por exemplo, no caso do Bitcoin, a menor fração é chamada de satoshi.
6. Armazene suas criptomoedas com segurança
Após a compra, transfira suas criptomoedas (Bitcoin, Ethereum, Solana, etc.) da corretora para sua wallet, principalmente se o investimento for de longo prazo. Manter na corretora pode ser arriscado em caso de invasões ou problemas na plataforma.