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BNDES aprova financiamento de R$ 4,6 bi para concessionária de SP, da CCR

Do total de R$ 4,6 bilhões, R$ 2,5 bilhões virão de uma emissão de títulos de dívida

BNDES aprova financiamento de R$ 4,6 bi para concessionária de SP, da CCR
Pedágio do Grupo CCR. (Foto: JF DIORIO/ESTADÃO)

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento total de R$ 4,6 bilhões para a concessionária que opera as Linhas 8 e 9 da CPTM, o sistema de trens urbano da região metropolitana de São Paulo. A maior parte do financiamento vai para a compra de locomotivas e vagões, informou o banco, em nota. A concessionária é operada pela CCR.

Segundo o BNDES, o financiamento apoiará o plano de investimentos da concessionária até 2027, que soma um total de R$ 6,5 bilhões. “A maior parte dos recursos será dedicada à renovação do material rodante, com a compra de 36 novas composições, totalizando 288 novos carros, que serão fabricados pela Alstom Brasil em sua planta em Taubaté (SP). Além disso, há investimentos em novos sistemas de sinalização e de alimentação elétrica, bem como em obras civis para adequação das estações, trilhos, oficinas mecânicas e pátios”, diz a nota do banco de fomento.

Do total de R$ 4,6 bilhões, R$ 2,5 bilhões virão de uma emissão de títulos de dívida. A emissão será coordenada pelo próprio BNDES, informou o banco na nota, e “contará com certificação de debênture sustentável (debêntures verdes, também chamadas de “green bonds”, em inglês), conforme legislação em vigor, tendo em vista que os recursos serão aplicados em transporte de baixa emissão de carbono”. Segundo o BNDES, é a “maior emissão de debêntures de infraestrutura verdes ocorrida no mercado de capitais brasileiro até o momento”.

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Outros R$ 850 milhões do pacote de financiamento virão de um empréstimo tradicional. Assim, num primeiro momento, a concessionária controlada pela CCR tomará R$ 3,350 bilhões com o BNDES.

A operação chega ao total de R$ 4,6 bilhões porque inclui R$ 1,25 bilhão na forma de um “subcrédito backstop”. É uma espécie de garantia de que o BNDES poderá emprestar mais esse valor num segundo momento, caso a empresa não consiga recorrer a outras fontes de financiamento, como mais emissões de títulos de dívida. Recurso semelhante foi usado no financiamento de R$ 19,3 bilhões para a Águas do Rio, concessionária da Aegea que opera os serviços de água e esgoto em parte do Rio.

“O subcrédito backstop consiste em mecanismo de estímulo para que haja a entrada de novos credores no projeto, permitindo a sindicalização dos riscos na estrutura do financiamento, ao mesmo tempo em que assegura que todo o funding do projeto já esteja equacionado”, diz a nota do BNDES.

Concedidos em 2021, pelo governo João Doria, as Linhas 8 e 9 da CPTM se espalham por 74 quilômetros de trilhos, com 42 estações. Conforme o BNDES, as linhas concedidas atendem cerca de 1 milhão de passageiros por dia útil.

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