

Depois de dez anos sem investir em renda variável, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lança, nesta segunda-feira, a maior chamada pública voltada a fundos da história do banco, batizada de “Chamada de Clima”.
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Depois de dez anos sem investir em renda variável, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lança, nesta segunda-feira, a maior chamada pública voltada a fundos da história do banco, batizada de “Chamada de Clima”.
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O objetivo, segundo o banco, é selecionar fundos de investimento estruturados para projetos de descarbonização de processos industriais, transição energética, infraestrutura de adaptação climática, tecnologia para agricultura verde, restauração ecológica, reflorestamento e conservação de florestas.
O edital deve movimentar R$ 18 bilhões, dos quais o BNDES aportará R$ 5 bilhões. A estimativa é atrair cerca de R$ 13 bilhões em capital privado. As propostas podem ser cadastradas até 20 de outubro deste ano e podem incluir investidores estrangeiros. O resultado sai em janeiro de 2026.
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A Chamada de Clima integra a estratégia de retomada de investimentos da BNDES Participações (BNDESpar) em renda variável. Serão aceitos dois tipos de veículos – já existentes ou criados para este fim: Fundos de Equity e Fundos de Crédito.
Serão selecionados até cinco fundos de equity (se refere ao patrimônio líquido de uma companhia ou uma participação societária nela), com aporte total de até R$ 4 bilhões do BNDES: até três na Modalidade de Apoio à Transformação Ecológica (transição energética, tecnologia para agricultura verde e descarbonização) e até dois na Modalidade de Apoio a Soluções Baseadas na Natureza (reflorestamento, agroflorestas, manejo florestal sustentável, silvicultura regenerativa, preservação e recuperação de ecossistemas e biodiversidade). Nos Fundos de Crédito, o banco poderá investir em até dois veículos, somando até R$ 1 bilhão.
“Essa é a maior chamada pública voltada a fundos da história do BNDES e tem o potencial de transformar a carteira de fundos da instituição. Com foco em mitigação climática, reforça o compromisso histórico do banco e do governo do presidente Lula com a sustentabilidade ambiental”, afirma o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
Ele destaca que, com a iniciativa, o banco se posiciona como investidor-âncora, induzindo a participação de investidores privados em setores estratégicos para o desenvolvimento sustentável, “para agenda climática e para a melhoria da qualidade de vida dos brasileiros, além de contribuir com o desenvolvimento do mercado de capitais no País”, acrescenta.
Nos fundos de equity, a participação da BNDESpar no capital comprometido será de até 25%, com subscrição de cotas de até R$ 1 bilhão por fundo na modalidade de transformação ecológica e de até R$ 500 milhões na modalidade de soluções baseadas na natureza. Nos fundos de crédito, a BNDESpar poderá deter até 50% do capital, com limite de R$ 500 milhões por fundo, independentemente da modalidade.
Ainda de acordo com o banco, os fundos de equity serão constituídos como Fundos de Investimento em Participações (FIPs), que aplicam recursos em valores mobiliários representativos de participação no capital social das empresas investidas (ações, bônus de subscrição, debêntures conversíveis em ações etc.).
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Já os fundos de crédito aplicarão em títulos de crédito ou outros direitos creditórios, como Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) e Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas do Agronegócio (Fiagros).
Hoje, o capital comprometido da BNDESpar em fundos de participação e crédito soma cerca de R$ 8,4 bilhões; somado ao de outros investidores, chega a aproximadamente R$ 36 bilhões, resultando em alavancagem de três vezes o valor próprio, informa o banco.
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