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BofA eleva preço-alvo do Nubank (ROXO34), mas mantém recomendação

Segundo analistas, os resultados do segundo trimestre de 2024 revelaram aspectos negativos sobre a fintech

BofA eleva preço-alvo do Nubank (ROXO34), mas mantém recomendação
(Foto: Adobe Stock)

O Bank of América (BofA) elevou o preço-alvo de US$ 12,80 para US$ 15,00 das ações do Nubank (ROXO34), o que representa um potencial de valorização de 5% sobre o fechamento da última quarta-feira (11). O banco reiterou recomendação neutra para as ações, justificado pelo valuation (valor do ativo) “premium” e pelo potencial limitado de alta para o preço-alvo estabelecido.

O banco ainda avalia que o Nubank opera com um múltiplo de 10,2 vezes a relação entre preço da ação e valor patrimonial (P/B), com uma capitalização de mercado de US$ 68 bilhões, posicionando-se à frente de outras instituições financeiras na América Latina. Comparativamente, empresas em mercados emergentes como Capitec na África do Sul e Bajaj na Índia operam com múltiplos de 6 a 8 vezes o P/B, mas com capitalizações de mercado menores que os principais bancos em seus respectivos mercados.

Embora a temporada de ganhos do segundo trimestre tenha mostrado tendências operacionais que apoiavam a visão otimista em relação a companhia, os analistas Mario Pierry e Antonio Ruette observam que o trimestre revelou aspectos negativos: as estimativas de consenso para 2024 e 2025 ficaram estáveis ao longo do ano, enquanto o preço das ações aumentou 70% desde o início do ano, levando a uma reavaliação do múltiplo.

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O banco também avalia que o lucro líquido seguiu uma trajetória de crescimento, impulsionado por uma geração de receita consistente e eficiência operacional, resultando em um ROE recorde, mesmo com investimentos para expansão em novas áreas e produtos.

Eles apontam ainda que a base de depósitos no Brasil cresceu rapidamente, evidenciando a solidez da marca. No México, o negócio está se expandindo, com o a empresa alcançando 0,8% do mercado de depósitos.

Por outro lado, a taxa de créditos não performados (NPL) aumentou rapidamente, divergindo das tendências do setor. O core business no Brasil mostrou sinais de desaceleração, com o crescimento no número de cartões e nos empréstimos geradores de juros desacelerando. Além disso, a desvalorização do real ressaltou a sensibilidade da companhia a variações cambiais.