O Bank of America (BofA) elevou a recomendação das ações de Klabin (KLBN11) de venda para neutro, mencionando que vê espaço para “revisões ascendentes de lucros no futuro”.
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O banco ainda destaca que a atualização está baseada na expectativa de melhorias no custo caixa por tonelada, sendo este um resultado do menor consumo de madeira de terceiros e menor raio da floresta até a fábrica. O menor raio mencionado é consequência direta das aquisições florestais anunciadas no final do ano passado.
Com isso, o banco espera que o cenário possibilite revisões para cima, além de projetarem Ebitda em R$ 7,4 bilhões e R$ 7,7 bilhões em 2024 e 2025, respectivamente (10% e 6% acima do consenso).
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“Embora estejamos mais positivos em relação à celulose, ainda aguardamos melhorias mais tangíveis no mercado de papelão para contêineres, onde os preços têm lutado para se recuperar”, disseram os analistas Caio Ribeiro, Leonardo Neratika, Guilherme Rosito e George L. Staphos. Além disso, o banco pondera que a Klabin também está menos exposta à celulose do que concorrentes como Suzano (SUZB3) ou CMPC.
Suzano e CMPC
Para os papéis da Suzano e da CMPC, o BofA reiterou recomendação de compra, mencionando que são suas preferidas dentro da cobertura de papel e celulose na América Latina.
As empresas, segundo o banco, são as que mais se beneficiam dos preços mais altos da celulose (a celulose representa cerca de 85% do Ebitda histórico da Suzano e aproximadamente 75% do Ebitda da CMPC).
“A Suzano também deve se beneficiar do crescimento dos volumes e da redução de custos, à medida que sua usina Cerrado de 2,55 Mtpa entrar em operação em junho”, afirmaram os analistas.