O Bank of America (BofA) cortou a recomendação da Vale (VALE3) de compra para neutro e reduziu o preço-alvo do papel de R$ 95 para R$ 62, por falta de expectativa para recuperação do minério de ferro que, na avaliação do banco, “parece distante”. Além da Vale, o BofA também rebaixou Bradespar (BRAP4), CSN (CSNA3) e CSN Mineração (CMIN3), colocando na conta queda de preço e demanda do minério de ferro na China.
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“Apesar da grande queda nos preços do minério de ferro no acumulado do ano, temos dificuldade para ver o potencial de valorização de curto prazo para a commodity“, destacam os analistas Caio Ribeiro, Leonardo Neratika e Guilherme Rosito, em relatório.
Os profissionais também veem outros potenciais obstáculos para Vale, incluindo provisões adicionais da Samarco (limitando o potencial de dividendos extras), renegociação do contrato de concessão ferroviária e sucessão.
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Além da Vale, o BofA também rebaixou Bradespar, acionista da mineradora, de neutro para underperform (venda), reduzindo o preço-alvo de R$ 29 para R$ 16, também em razão dos preços mais baixos do minério de ferro que, na avaliação do banco, podem limitar potencialmente os dividendos da Vale e, portanto, da Bradespar, aos seus acionistas.
“Acreditamos também que os desenvolvimentos na disputa da Litel no curto prazo poderão desencadear uma queda nas ações“, destacam os analistas.
Na esteira do minério de ferro, o BofA rebaixou ainda para venda CSN Mineração e CSN. “Em nossa opinião, o pico do preço do minério de ferro já ficou para trás”, destacam os analistas, considerando a expectativa de uma queda na demanda doméstica por aço na China de 2% ao ano, e produção de aço caindo 1% ao ano.
“As margens das siderúrgicas chinesas permanecem estreitas, o que também poderá dificultar a recuperação dos preços do minério de ferro”, explicam os analistas do BofA, que rebaixaram o preço-alvo de CSN de R$ 14 para R$ 18, e de CSN Mineração de R$ 8 para R$ 5.
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