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O Bank of America (BofA) manteve a recomendação de compra para as ações da JBS (JBSS3) e apontou um potencial de valorização de 52%, estabelecendo preço-alvo de R$ 48. Em relatório divulgado nesta sexta-feira (21), o banco destacou cinco razões para manter a empresa como sua principal recomendação no setor de alimentos na América Latina.
As ações da JBS acumulam queda de 15% em 2025, enquanto o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, registra alta de 5,7%. “Acreditamos que isso crie uma oportunidade de compra particularmente atrativa”, afirmam as analistas Isabella Simonato e Julia Zaniolo. Segundo elas, a queda nas ações está relacionada a três fatores: investidores realizando lucros após valorização de 60% em 2024, valorização de 8% do real frente ao dólar e riscos para as margens do frango no Brasil.
O BofA projeta que a JBS manterá um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de aproximadamente R$ 35 bilhões entre 2024 e 2026. Apesar do cenário desafiador para carne bovina nos Estados Unidos, “os resultados devem ser impulsionados por margens sólidas no segmento de suínos nos EUA e na Pilgrim’s Pride, além de um real mais fraco”, destacam as analistas.
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A empresa tem um balanço considerado sólido pelo banco, com dívida equivalente a duas vezes seu lucro operacional anual e capacidade de gerar R$ 9,6 bilhões em caixa em 2025. A JBS deve distribuir aos acionistas cerca de 45% do seu lucro em forma de dividendos, o que pode representar um retorno de 8,4% sobre o valor atual das ações.
O banco também destaca que as ações da JBS estão sendo negociadas a 5,4 vezes o lucro projetado para 2025, abaixo da BRF, que negocia a 9,2 vezes, e das empresas americanas do setor, que operam com múltiplos de 7,5 vezes. O relatório aponta ainda como fator positivo a possível listagem das ações da JBS nos Estados Unidos, prevista para o primeiro semestre de 2025.