

O Bank of America (BofA) elevou sua recomendação para a Vale (VALE3) de neutro para compra e aumentou o preço-alvo das ADRs (American Depositary Receipts, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas)
de US$ 11 para US$ 11,5, o que representa um potencial de valorização de 29,8% em relação ao fechamento da última quarta-feira (9).
“A avaliação descontada da Vale combinada com sua história oferece margem de segurança suficiente para acomodar nossa visão mais cautelosa sobre o minério de ferro”, dizem os analistas Caio Ribeiro, Guilherme Rosito e Mariana Leite. A estimativa do banco para o preço da commodity é de US$ 96 a tonelada para este ano e US$ 90/t para 2026.
Os analistas entendem que a empresa está sendo negociada a 4,2 vezes o seu valor sobre EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização).
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“O acordo de Mariana foi finalizado com novas provisões abaixo de nossas expectativas e do mercado“, informou o relatório. O banco também considera positivo o fim do imbróglio com o governo sobre as outorgas das ferrovias administradas pela Vale.
Em dezembro, a companhia fechou acordo de R$ 17 bilhões, em troca da repactuação dos contratos de concessão da Estrada de Ferro Carajás (EFC) e da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM).
Para o banco, as resoluções aliviam a empresa dos principais problemas que enfrentava no início de 2024, apoiando a hipótese de que a Vale terá uma promissora recuperação.
Além disso, o trio destaca que é a primeira vez em algum tempo que a Vale apresentou guidance conservadores para a produção e orientação de custos.”Prometendo menos para entregar mais”, ponderam.
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O BofA espera que, com a queda da produção de aço na China e as tarifas dos EUA sobre o país, os chineses apresentem mais estímulos ao mercado interno, o que deve beneficiar também a Vale.