As bolsas da Europa operam em baixa nas primeiras horas do pregão desta terça-feira, em meio à volta dos temores quanto à variante ômicron do coronavírus, após trégua na véspera. Comentários do CEO da Moderna, Stéphane Bancel, sobre a provável eficácia reduzida das vacinas contra a cepa deflagram uma onda de venda de ativos de riscos pelos mercados.
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Por volta das 06h30 (de Brasília), o índice Stoxx 600, que reúne as principais ações do continente, recuava 1,60%, 459,75 pontos.
Em entrevista ao jornal Financial Times, Bancel comentou que os imunizantes devem ter menor efetividade contra a ômicron do que variantes anteriores. Segundo ele, as farmacêuticas podem demorar alguns meses até produzirem uma vacina eficaz contra a versão nova do vírus.
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As declarações trouxeram pessimismo de volta às mesas de operações do mundo e penalizaram sobretudo ações ligadas a viagens, com Deutsche Lufthansa em baixa de 2,22% em Frankfurt e Air France em queda de 3,49% em Paris. Em Londres, as petroleiras BP (-2,47%) e (-2,23%) também estavam entre os destaques negativos, em meio à desvalorização do petróleo.
Os temores acabaram deixando em segundo plano dados econômicos positivos na região. O Produto Interno Bruto (PIB) da França cresceu 3% no terceiro trimestre ante o anterior e se aproximou do nível pré-pandemia, segundo informou hoje a agência de estatísticas do país. Já o PIB italiano avançou 3,9% na comparação anual dos três meses encerrados em setembro.
No horário citado acima, a Bolsa de Londres perdia 1,49%, Frankfurt cedia 1,52% e Paris baixava 1,53%. Já Milão recuava 1,75%, acompanhada por Lisboa (-0,96%) e Madri (-2,17%). No câmbio, o euro avançava a US$ 1,1366 e a libra, a US$ 1,3364.