As bolsas europeias fecharam hoje com ganhos, reagindo às perdas acumuladas ontem, na esteira dos dados da inflação da China, que sustentam possíveis novos estímulos à demanda, e em resposta ao recuo parcial do governo da Itália em seu plano de criar um imposto sobre lucro dos bancos.
Em Londres, o FTSE 100, subiu 0,80% a 7.587,30 pontos, enquanto o índice DAX, em Frankfurt, avançou 0,49%, a 15.852,58 pontos. O CAC 40, em Paris, ganhou 0,72%, a 7.322,04 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em alta de 1,31%, a 28.308,09 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 teve valorização de 0,73%, a 9.348,40 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 teve alta de 0,40%, a 6.059,70 pontos. As cotações são preliminares. O resultado do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da China, que indicou deflação, fez parte dos analistas ficarem otimistas com a possibilidade de mais estímulos ao consumo pelo governo chinês.
Analistas da RBC Capital afirmam que a recessão pressiona Pequim para apoiar a atividade na China. Na esteira da possibilidade de novos estímulos, as petroleiras britânicas Antofagasta e Glencore fecharam o pregão em alta de 1,16% e 2,26%, respectivamente. Na Itália, o índice FTSE MIB recuperou parte das perdas de ontem. Após o fechamento do pregão desta terça-feira, o Ministério da Economia do país anunciou que criou um teto para a cobrança do novo imposto sobre lucro, que agora prevê que a contribuição máxima não pode ultrapassar 0,1% do total do ativo taxado, como forma de salvaguardar o sistema bancário.
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Com a medida, o índice Stoxx Europe 600 Banks, que acompanha 42 bancos na União Europeia e no Reino Unido, registrou ganhos de 1,30%. Em destaque, os papéis da Intesa Sanpaolo subiram 2,84%, os do UniCredit tiveram alta de 4,56% e os do banco BPM, na bolsa alemã, cresceram 4,99%.
Em destaque, os contratos mais líquidos de gás natural europeus acumularam ganhos de 23% depois de trabalhadores de empresas de gás natural liquefeito (GNL) da Austrália ameaçarem entrar em greve e prejudicarem a distribuição do GNL para a Ásia. O ANZ afirma que diante das turbulências, o gás europeu se tornou mais atrativo.