Fuga de investidor estrangeiro da Bolsa atinge pior nível desde a pandemia

Por Beth Moreira

02/04/2024 | 9:45 Atualização: 02/04/2024 | 9:47

Para analistas, enquanto diferencial de juros entre Brasil e EUA continuar caindo, faltarão compradores para destravar uma alta na Bolsa. (Imagem: Minerva Studio em Adobe Stock)

Os investidores estrangeiros ingressaram com R$ 20,994 milhões na B3 na última sessão de março, quinta-feira (28), mas encerraram o mês com retirada líquida de R$ 5,547 bilhões, resultado de compras acumuladas de R$ 257,479 bilhões e vendas de R$ 263,026 bilhões.

No acumulado do ano, o capital externo está negativo em R$ 22,897 bilhões, pior resultado desde 2020, início da pandemia de covid-19, quando houve retirada de R$ 64,3 bilhões.

Em março, a saída de recursos externos ocorreu em boa medida pela perda de atratividade de papéis ligados a commodities com incertezas envolvendo a China e ruídos políticos em torno de Petrobras (PETR3;PETR4) e Vale (VALE3). No acumulado do ano, no entanto, outros fatores, como os juros nos Estados Unidos.

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No dia 28, o Ibovespa fechou em alta de 0,33%, aos 128.106,10 pontos, com giro financeiro de R$ 20,8 bilhões. Os investidores institucionais aportaram R$ 225,812 milhões na Bolsa. No mês, houve entrada líquida de R$ 1,217 bilhão, refletindo R$ 124,564 bilhões em compras e R$ 123,347 bilhões em vendas. Em 2024, a entrada de capital totaliza R$ 1,55 bilhão.

Os investidores individuais retiraram R$ 338,981 milhões da B3 no dia 28. Em março, entraram com R$ 4,719 bilhões, resultado de compras de R$ 72,933 bilhões e vendas de R$ 68,215 bilhões. No ano, o investimento por pessoa física está positivo em R$ 12,644 bilhões.

As instituições financeiras retiraram R$ 13,082 milhões no dia em questão. No acumulado do mês, houve retirada líquida de R$ 1,337 bilhão, com compras de R$ 19,275 bilhões e vendas de R$ 20,612 bilhões. As financeiras aportaram, neste ano, R$ 5,5 bilhões.

Por fim, na categoria outros investidores, houve entrada de R$ 105,258 milhões. Em março, a categoria entrou com R$ 948,702 milhões, refletindo R$ 3,89 bilhões em compras e R$ 2,941 bilhões em vendas. Em 2024, o investimento da categoria outros está positivo em R$ 3,565 bilhões.

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