(Estadão Conteúdo) – As bolsas europeias operam em alta desde a abertura dos negócios desta segunda-feira, na esteira de dados melhores do que o esperado da China e na expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) eleve sua projeção de crescimento dos EUA para este ano. Às 6h51 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 avançava 0,55%, a 425,42 pontos.
Os últimos números de produção industrial e de vendas no varejo da China surpreenderam no primeiro bimestre, com saltos de mais de 30% na comparação anual, ainda que tenham sido favorecidos por uma fraca base de comparação, visto que a segunda maior economia do mundo estava sob os efeitos de lockdowns causados pela pandemia de covid-19 nos primeiros meses de 2020.
Nesta semana, a atenção dos investidores vai se voltar para a decisão de política monetária do Fed, a ser anunciada na quarta-feira (17). O BC americano deverá reiterar sua política ultra-acomodatícia e, segundo alguns, melhorar sua previsão para o crescimento dos EUA em 2021, diante da recente aprovação de mais US$ 1,9 trilhão em incentivos fiscais.
Contribui para o apetite por risco na Europa o fato de os juros dos Treasuries estarem em tendência de queda há algumas horas, ajudando a sustentar os índices futuros das bolsas de Nova York. No horário acima, o rendimento da T-note de 10 anos caía a 1,612% e o futuro do Dow Jones avançava 0,46%. Nas últimas semanas, um significativo avanço nos juros dos Treasuries alimentou temores de pressões inflacionárias e de possível aperto monetário.
Também às 6h51 (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 0,41%, a de Frankfurt avançava 0,26% e a de Paris se valorizava 0,40%. Já as de Milão e Madri tinham ganhos de 1,09% e 0,63%, respectivamente. Exceção, a de Lisboa caía 0,31%. No câmbio, o euro recuava a US$ 1,1925, de US$ 1,1961 no fim da tarde de sexta-feira (12), mas a libra se fortalecia levemente, a US$ 1,3932, de US$ 1,3930 na sexta.
No noticiário corporativo, destaque para as ações em Paris da Danone (+4%%), após notícia de que seu executivo-chefe, Emmanuel Faber, será afastado, e da Stellantis (+3%), depois de o Deutsche Bank iniciar cobertura da montadora criada a partir da fusão da Peugeot e da Fiat Chrysler com recomendação de “compra”.