As bolsas de Nova York fecharam em baixa hoje, em uma dia de perdas para ativos de risco, que foram pressionados pelas perspectivas de aperto monetário pelos bancos centrais e a turbulência nos mercados de câmbio. A continuidade na alta de juros pelo Federal Reserve (Fed) é observada com atenção, enquanto dirigentes reforçaram a disposição de seguir buscando combater a inflação.
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O índice Dow Jones fechou em baixa de 1,11%, em 29.260,81 pontos, o S&P 500 recuou 1,03%, a 3.655,04 pontos, e o Nasdaq caiu 0,60%, a 10.802,92 pontos.
Na visão de Edward Moya, analista da Oanda, as ações estão em dificuldades devido à turbulência que está acontecendo com os mercados financeiros do Reino Unido. “A volatilidade do câmbio é extrema e isso será uma grande dor de cabeça para as multinacionais”, afirma. Enquanto o dólar avança ante a maioria das moedas, a libra chegou a tocar sua mínima histórica na comparação com o ativo americano, o que impulsionou uma intervenção do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês).
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“No momento, os mercados financeiros estão uma bagunça e, enquanto alguns traders estão desfazendo suas apostas de pouso suave, o setor de tecnologia não parece tão ruim agora”, apontou Moya. Apoiado por algumas altas de grandes empresas, como Amazon (+1,20%), o setor de tecnologia ajudou o Nasdaq a ter a menor queda dentre os principais índices. “Wall Street está percebendo que não veremos um sinal significativo de que a inflação está diminuindo rápido o suficiente nos próximos meses e isso deve tornar difícil comprar a queda ainda”, afirma Moya.
No domingo, o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, reafirmou o compromisso de tentar levar a inflação logo à meta de 2%, dizendo que a intenção é evitar “dor profunda” na economia, mas prevendo “alguma perda de empregos“. Hoje, a dirigente da distrital de Boston, Susan Collins, foi em linha similar, argumentando pela moderação na demanda excessiva e prevendo alta no desemprego, além de dizer que a tarefa de buscar um pouso suave na economia é “desafiadora”. O dia contou ainda com a publicação do índice de atividade nacional dos EUA elaborado pelo Fed de Chicago, que recuou de 0,29 em julho a zero em agosto, reforçando os temores pela economia do país.