As bolsas europeias operam em baixa significativa na manhã desta segunda-feira, com investidores já na expectativa para a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) desta semana e monitorando desdobramentos das tensões entre Ucrânia e Rússia. Também no radar estão dados de atividade econômica da Europa.
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Na quarta-feira (26), quando o Fed revisará sua política monetária, espera-se que o BC americano mantenha seus juros básicos, mas sinalize o primeiro aumento das taxas para a reunião de março. A perspectiva de que o Fed tenha de retirar estímulos de forma agressiva ao longo do ano para conter pressões inflacionárias em meio à recuperação da economia dos EUA, após os choques da pandemia de covid-19, levou as bolsas de Nova York a acumular robustas perdas na última semana, principalmente no setor de tecnologia, que é mais penalizado em ambientes de juros altos.
Já a questão da Ucrânia começa a afetar o apetite por risco. O presidente dos EUA, Joe Biden, está considerando enviar vários milhares de soldados, assim como navios de guerra e aeronaves, para aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no Báltico e no Leste Europeu, em meio a crescentes temores de que os russos invadam a Ucrânia, segundo o The New York Times.
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No campo macroeconômico, investidores digerem a última rodada de índices de atividade (PMIs) da Europa. Leitura prévia da IHS Markit mostra que o PMI composto da zona do euro caiu mais do que o esperado em janeiro, a 52,4, à medida que o setor de serviços foi prejudicado pela disseminação da variante Ômicron do coronavírus. Os PMIs britânicos também decepcionaram, mas os alemães vieram acima das expectativas. A temporada de balanços dos EUA segue no foco também. Esta semana trará resultados de Apple, Microsoft, Intel, IBM, Boeing e General Electric, entre outras grandes empresas americanas.
Às 7h13 (de Brasília), a Bolsa de Londres caía 0,91%, a de Frankfurt recuava 1,45% e a de Paris se desvalorizava 1,56%. Já as de Milão, Madri e Lisboa tinham perdas de 1,80%, 1,55% e 1,33%, respectivamente.
No câmbio, o euro recuava a US$ 1,1324, de US$ 1,1344 no fim da tarde de sexta-feira (21), enquanto a libra cedia a US$ 1,3511, de US$ 1,3556 na sexta.