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Bolsas da Europa operam em baixa, após OCDE afirmar pessimismo

Por volta das 06h40 (de Brasília), o índice Stoxx 600 recuava 0,31%

Bolsas da Europa operam em baixa, após OCDE afirmar pessimismo
Pedestre caminha em frente à Bolsa de Valores de Londres 24/08/2015 REUTERS/Suzanne Plunkett

Por André Marinho – As bolsas da Europa operam em baixa na etapa inicial do pregão desta quarta-feira, após novas previsões da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) confirmar expectativas pessimistas para a economia global. Na véspera da decisão do Banco Central Europeu (BCE), investidores monitoram dados na região.

Em relatório divulgado hoje, a OCDE cortou a projeção para crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial este ano, de 4,5% para 3,0%, em meio aos efeitos da guerra na Ucrânia. Segundo a entidade, a escalada da inflação corrói a renda e o poder de compra das famílias, o que pesa sobre o consumo.

A Organização estima que a atividade da zona do euro crescerá 2,6% em 2022 e 1,6% em 2023. Hoje, a Eurostat, agência oficial de estatísticas da União Europeia (UE), informou que o PIB do bloco da moeda comum se expandiu 0,6% no primeiro trimestre ante o anterior, mais que o calculado anteriormente.

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Entre outros indicadores em destaque, a produção industrial da Alemanha avançou 0,7% em abril ante março, de acordo com a Destatis, órgão do governo responsável por compilar dados no país. Analistas consultados pelo The Wall Street Journal previam uma alta maior, de 1,0%.

Os indicadores serão examinados cuidadosamente pelo Banco Central Europeu (BCE), que anuncia decisão monetária amanhã. A instituição ainda deve manter juros inalterados, mas sinalizará o fim das compras de ativos e abrirá caminho para aumento nas taxas básicas na reunião de julho.

As expectativas por aperto impulsionam os juros de bônus soberanos, o que ajuda a pressionar os mercados acionários. No noticiário corporativo, o Credit Suisse antecipou que deve registrar prejuízo neste trimestre, prejudicado pelas incertezas referentes à invasão da Ucrânia pela Rússia, além da espiral inflacionária no mundo e a retirada de estímulos fiscais. Com isso, o papel do banco recuava 5,07% na Bolsa de Zurique, no horário citado acima.

Na marcação, a Bolsa de Londres perdia 0,22%, Frankfurt cedia 0,94% e Paris baixava 0,51%. Já Milão recuava 0,15%, Lisboa diminuía 0,25% e Madri descia 0,01%. No câmbio, o euro caía a US$ 1,0699 e a libra, a US$ 1,2533. O índice DXY, que mede o dólar ante seis rivais fortes, avançava 0,25%, a 102,570 pontos.